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Tratamento e Sintomas da Atelectasia
Posted: 27 Sep 2012 06:45 AM PDT
A atelectasia produz-se quando, por alguma circunstância, como uma obstrução ou compressão das vias aéreas, os alvéolos de um sector mais ou menos extenso de um pulmão deixam de ser ventilados.No colapso pulmonar, além da perda do conteúdo de ar de um sector mais ou menos extenso do pulmão, observa-se uma grande diminuição da irrigação sanguínea, o que provoca a retracção do referido sector do pulmão ou de todo o pulmão.
A causa mais frequente corresponde à obstrução total de um brônquio ou bronquíolo. Quando se obstruiu completamente a entrada de um desses canais aéreos, o ar presente em todo o sector pulmonar ventilado pelo mesmo, para além do ponto de obstrução, fica inicialmente preso no interior dos alvéolos. Todavia, caso a obstrução persista, o ar começa a reabsorver-se até que os alvéolos do dito sector pulmonar se "desinsuflam" por completo, dando origem a uma atelectasia. Perante este acontecimento, os vasos sanguíneos do sector do tecido afectado contraem-se através de um mecanismo reflexo, diminuindo consequentemente a irrigação sanguínea do dito sector, o que provoca uma retracção do tecido ou colapso pulmonar.
Desta forma, a obstrução total e persistente de um brônquio conduz sequencialmente a uma atelectasia e a um colapso pulmonar.Os brônquios e bronquíolos podem obstruir-se por várias razões. Uma das mais frequentes, sobretudo nas crianças, é a aspiração de um corpo estranho - um fruto seco, um botão, uma pequena peça de brinquedo que após ser introduzido na boca desce pela faringe, laringe e brônquios até obstruir.
Por vezes, o elemento que provoca a obstrução é um rolhão de secreção mucosa espessa, especialmente quando por alguma razão o diâmetro dos brônquios e bronquíolos se encontra anormalmente reduzido, como acontece em caso de asma e bronquite crónica.Por outro lado, muitas vezes, a causa da doença é a compressão de um brônquio ou do tecido pulmonar provocada pelo desenvolvimento de um tumor, um derrame pleural ou um pneumotórax.A atelectasia também pode ser um efeito secundário da anestesia geral, como é possível observar em alguns pacientes após intervenções cirúrgicas efectuadas no tórax ou na zona superior do abdómen (atelectasia pós-cirúrgica).
SintomasOs sintomas variam de acordo com a extensão do processo e a rapidez com que este se instala. O mais frequente é a doença afectar apenas um lobo ou um segmento de um lobo pulmonar. Caso a atelectasia se desenvolva gradualmente, como costuma ocorrer nos pacientes que sofrem de tumores malignos ou tuberculosos, os sintomas não costumam ser muito evidentes, sendo frequentemente confundidos com aqueles provocados pela doença subjacente. Por outro lado, quando a doença se apresenta de forma repentina, como sucede após a aspiração de um corpo estranho ou pela obstrução provocada por um rolhão mucoso, o paciente manifesta uma evidente dificuldade em respirar, ou dispneia, que tenta compensar ao realizar inspirações mais frequentes e superficiais.
Em ambos os casos, caso não se proceda ao tratamento adequado, é provável que mais tarde ou mais cedo surjam algumas complicações, como processos infecciosos, dilatações brônquicas (bronquiectasias) e perda da elasticidade do tecido pulmonar (fibrose).Por outro lado, quando a doença afecta todo o pulmão, como costuma acontecer em alguns casos de atelectasia pós-cirúrgica, as manifestaçöes normalmente produzem-se de forma brusca. Os sintomas predominantes são uma evidente dificuldade em respirar e uma extrema ansiedade. Além disso, costuma existir uma notória insuficiência respiratória, evidenciada pela tonalidade azulada da pele e mucosas, ou cianose, devido a falta de oxigénio, que pode gerar, nos casos mais graves, complicações letais.
TratamentoO tratamento varia segundo a causa e a gravidade da doença. Em caso de atelectasia obstrutiva, é fundamental desobstruir o mais rápido possível o brônquio ou bronquíolo obstruído, o que pode ser alcançado, conforme o tipo de corpo estranho responsável, ao alterar-se a postura corporal do paciente, ao efectuar massagens para favorecer a drenagem das secreções mucosas ou ao extrair o rolhão mucoso com a ajuda de um catéter introduzido até ao brônquio afectado.Nos restantes casos, ao mesmo tempo que se tenta corrigir a causa da doença, devem ser tomadas as medidas pertinentes para melhorar a função respiratória, ou seja, deve-se aplicar ao paciente fisioterapia respiratória, aconselhá-lo a mudar de posição com frequência e a realizar inspirações mais profundas para favorecer a drenagem das secreções mucosas. Além disso, caso seja necessário, deve-se proceder a administração de oxigénio e, em alguns casos, a prescrição de antibióticos para prevenir ou tratar uma complicação infecciosa.
A polêmica da reposição hormonal na menopausa
Posted: 27 Sep 2012 06:37 AM PDT
A reposição hormonal tem gerado polêmicas e levantado inúmeras dúvidas na cabeça das mulheres porque, como em quase todos os casos de saúde, existem os defensores e aqueles que apontam o dedo acusando a reposição hormonal de ser uma das causas do câncer de mama e outros malefícios.
Para aumentar o receio de fazer a terapia, ainda existe outro fantasma que ronda o sexo feminino: o medo de engordar com os hormônios.
Para desfazer estas e outras dúvidas frequentes, o Saúde e bem-estar foi conversar com o ginecologista e mastologista Gerson Mourão, especialista no assunto. Confira a entrevista:
Saúde e bem-estar: Reposição hormonal, por que fazer?
Gerson Mourão: Após a menopausa ocorre uma queda brusca daquele hormônio que faz com que a mulher, a partir da primeira menstruação deixe de ter a aparência física idêntica à do homem e comece uma verdadeira metamorfose. É a fase em que crescem os seios e o bumbum, sua voz se modifica e fica mais sensual, sua pele mais viçosa, seu coração se abre e os olhos se voltam para ela. Esse hormônio se chama estrogênio. Serve também para evitar a osteoporose, o ressecamento da pele, da vagina e dos cabelos e é essencial à saúde da mulher.
Saúde: Tem que fazer?
GM: Em tese, todas as mulheres deveriam fazer. A mulher, em nossos dias, graças aos avanços em saúde pública, estão vivendo um terço de suas vidas na pós-menopausa e, portanto, na mais profunda carência hormonal, o que inevitavelmente altera a sua qualidade de vida. Daí porque o lema atual é dar vida aos anos e não simplesmente anos à vida. Nós médicos queremos que as mulheres vivam mais e sem as mazelas inevitáveis da velhice.
Saúde: Qual o momento certo para fazer reposição hormonal?
GM: Imediatamente após a parada da menstruação para continuar tendo níveis satisfatórios de hormônios, fator essencial à sua qualidade de vida. Se retardar o início da reposição, a mulher perderá parte desses efeitos.
Saúde: Qualquer mulher pode fazer a reposição hormonal?
GM: Nem todas. Existem algumas contra-indicações absolutas, por exemplo, quem já teve câncer de mama e endométrio ou trombose não deve fazer uso da reposição. Em outros casos as contra-indicações são relativas, sendo necessário um acompanhamento médico mais cauteloso, em casos de mulheres fumantes, com hipertensão, hepatite ou câncer de colo uterino.
Saúde: Uma vez iniciado o tratamento, ele é para o resto da vida?
GM: Sem dúvida, porque no momento em que suspender o tratamento, lentamente vai perdendo os efeitos benéficos. Como regra, ele deve ser iniciado logo após a menopausa e continuado pelo resto da vida.
Saúde: E se interromper o tratamento por alguma razão, haverá consequências?
GM: Se for por um curto período de tempo, por exemplo, dois meses, não haverá problemas.
Saúde: Qual a desvantagem mais óbvia para a mulher que optou por não fazer a reposição hormonal?
GM: Ao entrar na menopausa, os sintomas descritos classicamente, decorrentes da falta de hormônios são, a curto prazo, ondas de calor; ressecamento vaginal (causando dor e ferimentos nas relações sexuais) e cabelos secos. A médio prazo, ela pode ter perda de urina e a longo prazo aumenta a demência, possibilidades de infarto do coração e osteoporose.
Tratamento e Sintomas da Atelectasia
Posted: 27 Sep 2012 06:45 AM PDT
A atelectasia produz-se quando, por alguma circunstância, como uma obstrução ou compressão das vias aéreas, os alvéolos de um sector mais ou menos extenso de um pulmão deixam de ser ventilados.No colapso pulmonar, além da perda do conteúdo de ar de um sector mais ou menos extenso do pulmão, observa-se uma grande diminuição da irrigação sanguínea, o que provoca a retracção do referido sector do pulmão ou de todo o pulmão.
A causa mais frequente corresponde à obstrução total de um brônquio ou bronquíolo. Quando se obstruiu completamente a entrada de um desses canais aéreos, o ar presente em todo o sector pulmonar ventilado pelo mesmo, para além do ponto de obstrução, fica inicialmente preso no interior dos alvéolos. Todavia, caso a obstrução persista, o ar começa a reabsorver-se até que os alvéolos do dito sector pulmonar se "desinsuflam" por completo, dando origem a uma atelectasia. Perante este acontecimento, os vasos sanguíneos do sector do tecido afectado contraem-se através de um mecanismo reflexo, diminuindo consequentemente a irrigação sanguínea do dito sector, o que provoca uma retracção do tecido ou colapso pulmonar.
Desta forma, a obstrução total e persistente de um brônquio conduz sequencialmente a uma atelectasia e a um colapso pulmonar.Os brônquios e bronquíolos podem obstruir-se por várias razões. Uma das mais frequentes, sobretudo nas crianças, é a aspiração de um corpo estranho - um fruto seco, um botão, uma pequena peça de brinquedo que após ser introduzido na boca desce pela faringe, laringe e brônquios até obstruir.
Por vezes, o elemento que provoca a obstrução é um rolhão de secreção mucosa espessa, especialmente quando por alguma razão o diâmetro dos brônquios e bronquíolos se encontra anormalmente reduzido, como acontece em caso de asma e bronquite crónica.Por outro lado, muitas vezes, a causa da doença é a compressão de um brônquio ou do tecido pulmonar provocada pelo desenvolvimento de um tumor, um derrame pleural ou um pneumotórax.A atelectasia também pode ser um efeito secundário da anestesia geral, como é possível observar em alguns pacientes após intervenções cirúrgicas efectuadas no tórax ou na zona superior do abdómen (atelectasia pós-cirúrgica).
SintomasOs sintomas variam de acordo com a extensão do processo e a rapidez com que este se instala. O mais frequente é a doença afectar apenas um lobo ou um segmento de um lobo pulmonar. Caso a atelectasia se desenvolva gradualmente, como costuma ocorrer nos pacientes que sofrem de tumores malignos ou tuberculosos, os sintomas não costumam ser muito evidentes, sendo frequentemente confundidos com aqueles provocados pela doença subjacente. Por outro lado, quando a doença se apresenta de forma repentina, como sucede após a aspiração de um corpo estranho ou pela obstrução provocada por um rolhão mucoso, o paciente manifesta uma evidente dificuldade em respirar, ou dispneia, que tenta compensar ao realizar inspirações mais frequentes e superficiais.
Em ambos os casos, caso não se proceda ao tratamento adequado, é provável que mais tarde ou mais cedo surjam algumas complicações, como processos infecciosos, dilatações brônquicas (bronquiectasias) e perda da elasticidade do tecido pulmonar (fibrose).Por outro lado, quando a doença afecta todo o pulmão, como costuma acontecer em alguns casos de atelectasia pós-cirúrgica, as manifestaçöes normalmente produzem-se de forma brusca. Os sintomas predominantes são uma evidente dificuldade em respirar e uma extrema ansiedade. Além disso, costuma existir uma notória insuficiência respiratória, evidenciada pela tonalidade azulada da pele e mucosas, ou cianose, devido a falta de oxigénio, que pode gerar, nos casos mais graves, complicações letais.
TratamentoO tratamento varia segundo a causa e a gravidade da doença. Em caso de atelectasia obstrutiva, é fundamental desobstruir o mais rápido possível o brônquio ou bronquíolo obstruído, o que pode ser alcançado, conforme o tipo de corpo estranho responsável, ao alterar-se a postura corporal do paciente, ao efectuar massagens para favorecer a drenagem das secreções mucosas ou ao extrair o rolhão mucoso com a ajuda de um catéter introduzido até ao brônquio afectado.Nos restantes casos, ao mesmo tempo que se tenta corrigir a causa da doença, devem ser tomadas as medidas pertinentes para melhorar a função respiratória, ou seja, deve-se aplicar ao paciente fisioterapia respiratória, aconselhá-lo a mudar de posição com frequência e a realizar inspirações mais profundas para favorecer a drenagem das secreções mucosas. Além disso, caso seja necessário, deve-se proceder a administração de oxigénio e, em alguns casos, a prescrição de antibióticos para prevenir ou tratar uma complicação infecciosa.
A polêmica da reposição hormonal na menopausa
Posted: 27 Sep 2012 06:37 AM PDT
A reposição hormonal tem gerado polêmicas e levantado inúmeras dúvidas na cabeça das mulheres porque, como em quase todos os casos de saúde, existem os defensores e aqueles que apontam o dedo acusando a reposição hormonal de ser uma das causas do câncer de mama e outros malefícios.
Para aumentar o receio de fazer a terapia, ainda existe outro fantasma que ronda o sexo feminino: o medo de engordar com os hormônios.
Para desfazer estas e outras dúvidas frequentes, o Saúde e bem-estar foi conversar com o ginecologista e mastologista Gerson Mourão, especialista no assunto. Confira a entrevista:
Saúde e bem-estar: Reposição hormonal, por que fazer?
Gerson Mourão: Após a menopausa ocorre uma queda brusca daquele hormônio que faz com que a mulher, a partir da primeira menstruação deixe de ter a aparência física idêntica à do homem e comece uma verdadeira metamorfose. É a fase em que crescem os seios e o bumbum, sua voz se modifica e fica mais sensual, sua pele mais viçosa, seu coração se abre e os olhos se voltam para ela. Esse hormônio se chama estrogênio. Serve também para evitar a osteoporose, o ressecamento da pele, da vagina e dos cabelos e é essencial à saúde da mulher.
Saúde: Tem que fazer?
GM: Em tese, todas as mulheres deveriam fazer. A mulher, em nossos dias, graças aos avanços em saúde pública, estão vivendo um terço de suas vidas na pós-menopausa e, portanto, na mais profunda carência hormonal, o que inevitavelmente altera a sua qualidade de vida. Daí porque o lema atual é dar vida aos anos e não simplesmente anos à vida. Nós médicos queremos que as mulheres vivam mais e sem as mazelas inevitáveis da velhice.
Saúde: Qual o momento certo para fazer reposição hormonal?
GM: Imediatamente após a parada da menstruação para continuar tendo níveis satisfatórios de hormônios, fator essencial à sua qualidade de vida. Se retardar o início da reposição, a mulher perderá parte desses efeitos.
Saúde: Qualquer mulher pode fazer a reposição hormonal?
GM: Nem todas. Existem algumas contra-indicações absolutas, por exemplo, quem já teve câncer de mama e endométrio ou trombose não deve fazer uso da reposição. Em outros casos as contra-indicações são relativas, sendo necessário um acompanhamento médico mais cauteloso, em casos de mulheres fumantes, com hipertensão, hepatite ou câncer de colo uterino.
Saúde: Uma vez iniciado o tratamento, ele é para o resto da vida?
GM: Sem dúvida, porque no momento em que suspender o tratamento, lentamente vai perdendo os efeitos benéficos. Como regra, ele deve ser iniciado logo após a menopausa e continuado pelo resto da vida.
Saúde: E se interromper o tratamento por alguma razão, haverá consequências?
GM: Se for por um curto período de tempo, por exemplo, dois meses, não haverá problemas.
Saúde: Qual a desvantagem mais óbvia para a mulher que optou por não fazer a reposição hormonal?
GM: Ao entrar na menopausa, os sintomas descritos classicamente, decorrentes da falta de hormônios são, a curto prazo, ondas de calor; ressecamento vaginal (causando dor e ferimentos nas relações sexuais) e cabelos secos. A médio prazo, ela pode ter perda de urina e a longo prazo aumenta a demência, possibilidades de infarto do coração e osteoporose.