viernes, 31 de agosto de 2012

Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia


Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de
esforço com fisioterapia
Exames para identificação da lesão do ligamento cruzado anterior
Entenda as lesões de ligamentos no joelho
O trabalho dos alvéolos pulmonares
Troca e transporte de gases no pulmão


Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia

Posted: 30 Aug 2012 11:40 AM PDT


A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a queixa de perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse1. É o tipo mais comum de incontinência urinária (IU) e a sua prevalência pode variar de 12 a 56% dependendo da população estudada e do critério empregado para o diagnóstico2,3.

O tratamento da IUE pode ser cirúrgico ou conservador e no Brasil a abordagem ainda é tradicionalmente cirúrgica4. Entretanto, visto que o tratamento cirúrgico envolve procedimentos invasivos que podem ocasionar complicações, são de custo elevado e podem ser contra-indicados em algumas mulheres, atualmente tem surgido interesse crescente por opções de tratamentos mais conservadores. Assim, dependendo do tipo e da severidade da IU, o tratamento fisioterápico tem sido recomendado como uma forma de abordagem inicial5.

Os exercícios fisioterápicos de fortalecimento do assoalho pélvico, os cones vaginais e a eletroestimulação intravaginal têm apresentado resultados expressivos para a melhora dos sintomas de IU em até 85% dos casos6,7. Um dos principais objetivos do tratamento fisioterápico é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, pois a melhora da força e da função desta musculatura favorece uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra-abdominal, evitando assim as perdas urinárias8. Também colaboram positivamente na melhora do tônus e das transmissões de pressões da uretra, reforçando o mecanismo de continência urinária4,6.

Entretanto, muitas mulheres ignoram a localização e a função do assoalho pélvico e são incapazes de contrair satisfatoriamente essa musculatura após apenas uma instrução verbal ou escrita. Deste modo, é importante a utilização de equipamentos de biofeedback para a conscientização e controle seletivo dos músculos do assoalho pélvico6. Esses equipamentos de biofeedback informam a paciente por meio de sinais visuais ou sonoros qual grupo muscular deve ser trabalhado e, portanto, potencializam os efeitos dos exercícios perineais9.

Embora a IU não coloque diretamente a vida das pessoas em risco, é uma condição que pode trazer sérias implicações médicas, sociais, psicológicas, e econômicas, afetando adversamente a qualidade de vida (QV)10. A QV é um conceito multidimensional que incorpora aspectos sociais, físicos e mentais e, portanto, está relacionada com a percepção subjetiva do indivíduo sobre sua condição ou doença e subseqüente tratamento11.

Estudos europeus12, norte-americanos13 e brasileiros10 demonstram importante prejuízo na QV de mulheres com incontinência urinária de urgência, incontinência mista e com IUE, em diferentes faixas etárias. Alguns autores comentam que a incontinência de urgência e a mista causam mais prejuízos do que a IUE, especialmente em mulheres na pós-menopausa, idade em que é freqüente a presença de sintomas irritativos e/ou mistos13. Em um aspecto geral, as mulheres com IU referem limitações em níveis físicos (praticar esporte, carregar objetos), alterações nas atividades sociais, ocupacionais e domésticas, influenciando negativamente o estado emocional e a vida sexual14,15. Além disso, pode provocar desconforto social e higiênico, pelo medo da perda urinária, pelo cheiro de urina, pela necessidade de utilizar protetores (absorventes) e de trocas mais freqüentes de roupas14,15. A presença de sintomas irritativos, como a noctúria, urgência e urge-incontinência, muitas vezes atrapalha o sono e o relacionamento social, levando a quadros de cansaço, depressão e isolamento16.

O interesse em mensurar a QV, em relação aos cuidados de saúde, tem aumentado nos últimos anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a avaliação da QV, levando em consideração decisões de tratamento, autorização para novos fármacos e políticas de pesquisa. Portanto, como a IU causa grande impacto na QV das pacientes, a sua mensuração é um dos parâmetros úteis para avaliar o resultado do tratamento escolhido e facilita a comparação de estudos realizados em locais diferentes, utilizando tratamentos diferentes, em populações semelhantes11. Além disso, o envolvimento do próprio paciente no seu tratamento e a necessidade de avaliação mais ampla de como e quanto determinada doença ou intervenção do profissional de saúde atinge a QV são fundamentais em qualquer serviço de saúde.

Diante das diversas alterações sociais, pessoais e emocionais das mulheres frente à perda urinária, é relevante avaliar a QV destas mulheres, valorizando assim a opinião do paciente sobre sua própria condição de saúde. Desde 1997, a ICS recomenda que medidas de avaliação da QV sejam incluídas em todas as pesquisas clínicas sobre IU como um complemento aos tradicionais parâmetros clínicos17. Isso se deve ao fato de que muitos métodos, como estudo urodinâmico, teste do absorvente e teste de esforço, são utilizados como parâmetros objetivos na avaliação do tratamento da IU, mas não contemplam o impacto que esta condição causa na QV e no cotidiano destas mulheres17.

Existem na literatura muitos questionários que abordam a QV em mulheres com IU, sendo estes instrumentos genéricos ou específicos e que podem ser utilizados para tratamentos cirúrgicos14,18 ou conservadores9. No Brasil, Fonseca et al.19 recentemente traduziram e validaram um questionário específico, o King's Health Questionnaire (KHQ), que avalia tanto a presença de sintomas de IU, quanto seu impacto relativo. A utilização deste instrumento específico é relevante para avaliar a QV nas pesquisas clínicas brasileiras, pois permite mensurar um dos resultados da intervenção terapêutica em estudo, além de ser um guia da terapêutica e estabelecer um bom diálogo com o paciente. Como atualmente o tratamento conservador faz parte do contexto da reabilitação de mulheres com IUE, a avaliação da QV neste tipo de tratamento também é importante. Recentes publicações têm demonstrado importante melhora da QV de mulheres submetidas ao tratamento conservador e que foram avaliadas com o KHQ8,9,20.

Entretanto, o mesmo ainda não foi utilizado no Brasil, entre mulheres submetidas ao tratamento conservador da IU, especialmente de mulheres no menacme. Diante da relevância do tema para profissionais que tratam as mulheres com IUE, da importância para as pacientes de serem investigadas sobre o impacto da IUE na sua condição de saúde e também pela falta de estudos nacionais, o objetivo deste trabalho foi avaliar a QV de mulheres antes e após tratamento fisioterápico para IUE.



Métodos

Este estudo foi desenvolvido no Serviço de Fisioterapia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, redigido conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Foi realizado um ensaio clínico não controlado no período de outubro de 2003 a junho de 2004 com 26 mulheres que apresentavam queixa clínica predominantemente de IUE por hipermobilidade do colo vesical. Antes de iniciar o tratamento, todas as mulheres foram submetidas à avaliação ginecológica e estudo urodinâmico para excluir IUE por deficiência esfincteriana intrínseca da uretra, hiperatividade do detrusor e obstrução infra-vesical. Os outros critérios de exclusão foram: ser menopausada, apresentar cistocele maior que grau II e ter sido previamente submetida a tratamento cirúrgico ou conservador para IUE.

Na abordagem inicial, foram coletadas informações sócio-demográficas (idade e cor da pele declarada) e clínicas (índice de massa corpórea e tempo de perda urinária), além de antecedentes obstétricos (paridade, partos vaginais e cesáreos) e ginecológicos (distopias).

Antes de iniciar o tratamento e após o seu término, foi aplicado o KHQ19. O KHQ é composto por 30 perguntas que são arranjadas em nove domínios. Relatam, respectivamente: a percepção da saúde, impacto da incontinência, as limitações nos desempenhos das tarefas, a limitação física, a limitação social, o relacionamento pessoal, as emoções, o sono/energia e as medidas de gravidade. Existe também uma escala de sintomas que é composta pelos seguintes itens: aumento da freqüência urinária, noctúria, urgência, hiperreflexia vesical, IUE, enurese noturna, incontinência no intercurso sexual, infecções urinárias e dor na bexiga. A todas as respostas são atribuídos valores numéricos, somados e avaliados por domínios. As respostas foram baseadas numa escala numérica crescente e proporcional à intensidade da queixa (0=não/não se aplica; 1=um pouco/às vezes; 2=mais ou menos/várias vezes; 3=muito/sempre), exceção feita ao domínio percepção geral de saúde, que tem cinco opções de resposta: muito boa, boa, regular, ruim, muito ruim. O KHQ é pontuado por cada um dos seus domínios, não havendo, portanto, escore geral. Os escores variam de zero a 100, e quanto maior a pontuação obtida, pior é a qualidade de vida relacionada àquele domínio. O questionário foi originalmente padronizado para ser auto-administrado, porém, a aplicação foi feita na forma de entrevista.

O protocolo de tratamento consistia em exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico associados ao biofeedback eletromiográfico Myotrac 3G (Thought Technology, Montreal, Canadá), com o uso de um sensor intravaginal conectado a este equipamento. As mulheres eram encorajadas a realizar contrações fásicas (rápidas) e tônicas (lentas) do assoalho pélvico, totalizando aproximadamente 200 contrações, distribuídas nas posições de decúbito dorsal, na posição sentada e ortostática. Estas contrações podiam ser observadas na tela de um computador, o que fornecia a resposta visual às mulheres. Elas foram submetidas a 12 sessões de tratamento, realizadas duas vezes por semana, durante seis semanas consecutivas. As sessões foram individuais e com duração de 45 minutos.

Os dados foram descritos em freqüências absolutas, porcentagens, médias e desvios-padrões, medianas, mínimos e máximos. Os escores dos domínios da avaliação da QV foram comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05.



Resultados

A idade das mulheres variou de 31 a 52 anos, com média de 42,5 anos (DP±5,5), e o índice de massa corpórea variou de 21,2 a 34,7 kg/m2, com média de 27,1 kg/m2 (DP±3,5). O tempo médio da queixa de IUE variou de dois a 10 anos, com média de 5,4 anos (DP±3,7). A maioria das mulheres, 76,9%, era branca. Em relação aos antecedentes obstétricos, apenas uma mulher era nulípara, 14 tiveram entre um e três partos, e 11 tiveram quatro ou mais partos. Quanto à via de parto, 19 mulheres tiveram no mínimo um parto vaginal e sete tiveram apenas cesárea. Foi observado cistocele grau I em 16 (61,5%) e grau II em duas (7,7%) mulheres da amostra. Das seis mulheres que apresentaram retocele, esta foi de grau I (Tabela 1).









Em relação à escala de sintomas urinários do KHQ, antes e após o tratamento, foi investigado isoladamente o quanto alguns sintomas afetavam as mulheres. Na Tabela 2 pode ser observado que, antes do tratamento, os sintomas mais comuns e que afetavam "muito" estas mulheres foram o aumento da freqüência urinária em 17 (65,4%), a noctúria e a urgência miccional em 15 (57,7%). A incontinência durante a relação sexual e dor na bexiga foram em menor proporção, afetando apenas oito (30,8%) mulheres. A IU aos esforços foi o sintoma mais relatado e o qual mais as incomodava. A grande maioria, 23 (88,5%) mulheres, referiu ser um problema que afetava "muito" e três mulheres referiram afetar "mais ou menos". Os sintomas menos relatados antes do tratamento foram a urge-incontinência, infecções urinárias freqüentes e dificuldade para urinar. A enurese noturna não foi relatada por nenhuma mulher.

Ao final do tratamento, pôde ser observado que, em relação à alta freqüência urinária, menos de metade da amostra, 12 (46,2%) mulheres, não apresentava mais o sintoma, e daquelas mulheres que ainda o relatavam, apenas uma referiu afetar "muito". Em relação à noctúria e à urgência miccional, 18 (69,2%) mulheres não apresentavam os sintomas. Apenas uma (3,8%) ainda se sentia "muito" incomodada com a noctúria e três (11,5%), com a urgência miccional. Nove (34,6%) mulheres não relataram IUE e daquelas que permaneceram com a queixa, três (11,5%) se sentiam "muito" afetadas, duas (7,6%) referiram que ainda afetava "mais ou menos" e 12 (46,1%), "um pouco". Apenas três (11,5%) se sentiam "muito" afetadas com incontinência durante a relação sexual e uma (3,8%) com dor na bexiga. Os outros sintomas investigados também foram relatados com menor freqüência e em menor intensidade (Tabela 2).

Observou-se uma diminuição significativa das médias e medianas dos escores dos domínios avaliados pelos KHQ, em relação à percepção da saúde (49,0±24,0 versus 26,9±15,7; p=0,0015), impacto da incontinência (78,2±28,2 versus 32,1±30,5; p=0,001), limitações das atividades diárias (75,0±28,2 versus 13,5±22,6; p<0,001), limitações físicas (72,4±29,4 versus 15,4±24,5; p<0,001), limitações sociais (38,3±28,6 versus 6,4±14,5; p<0,001), emoções (59,0±33,8 versus 14,1±24,7; p=0,0001), sono/energia (34,0±23,8 versus 6,4±16,4; p=0,001) e as medidas de gravidade (66,9±19,6 versus 22,3±24,2; p<0,001). O único escore que não apresentou diferença significativa foi o relacionado às relações pessoais (60,5±33,9 versus 41,7±16,7; p=0,0679) (Tabela 3).



Discussão

No presente estudo, foi utilizado o KHQ por ser um questionário completo, que avalia tanto o impacto da incontinência nos diferentes aspectos da QV, como os sintomas do trato urinário baixo percebidos pelas pacientes. Assim como neste estudo, que abordou a qualidade de vida após um tratamento fisioterápico, este instrumento tem se mostrado adequado para avaliar o impacto da IU em mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico e ao medicamentoso18,21.

Mesmo conhecendo as variações individuais, sabemos que, em maior ou menor proporção, a IU e seus sintomas associados podem repercutir negativamente não só na saúde física, mas em aspectos emocionais e psicológicos22. Além disso, outros fatores, como gênero, idade, condição sócio-econômica e a quantidade de perda urinária, também podem ser responsáveis pelas diferenças do comportamento pessoal frente à IU12.

Em nosso estudo observamos que todas as mulheres relataram aumento da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional e perdas aos esforços, exceto a enurese e outros sintomas em pequena proporção como infecções urinárias de repetição e a dificuldade para urinar. Isso é esperado, pois as pacientes selecionadas têm como principal queixa a IUE e não estes outros sintomas, que são menos comuns neste tipo de diagnóstico. Além disso, nossa amostra foi de mulheres no menacme e pesquisas nacionais10 relatam que a queixa de IUE ocorre em média entre mulheres mais jovens, com média de idade de 44,9 anos, enquanto a incontinência urinária mista e a incontinência urinária de urgência predominaram nas mulheres com média de idade maior.

A presença da IUE associada ao aumento da freqüência urinária, à noctúria e à urgência miccional demonstrou prejuízos nos escores dos domínios do KHQ que envolvem as realizações de atividades físicas, domésticas, no relacionamento social, no sono e disposição da maioria das mulheres estudadas, assim como observado na literatura20.

O tratamento conservador e a QV têm sido objeto de estudo, pois esse tratamento apresenta mínimos efeitos colaterais e não impossibilita um tratamento cirúrgico futuro5,22. Assim como os resultados do presente estudo, encontrou-se na literatura uma melhora significativa dos escores do impacto da incontinência, das limitações das atividades diárias e das limitações físicas, após a realização de um protocolo específico de fisioterapia8. Balmforth et al.8, avaliando 97 mulheres com média de idade de 49,5 (±10,6) anos, demonstraram uma associação significativa e positiva da melhora da posição do colo vesical e melhora anatômica e funcional do assoalho pélvico com a melhora da QV avaliada com o KHQ23.

Outro estudo utilizando o KHQ demonstrou, em um "follow-up" de um ano, que a QV se manteve significativamente melhor após o tratamento da IU com diversos recursos fisioterápicos20. Uma vez que as mulheres passam a ter mais controle urinário e se sentem menos preocupadas com eventuais episódios de incontinência, sentem-se menos restritas nas realizações de suas atividades cotidianas, nas atividades ocupacionais e nas atividades físicas, especialmente aquelas no menacme, que têm um estilo de vida mais ativo14. Assim, quando a mulher passa a perder urina em menor quantidade, ela fica menos preocupada em relação à ingestão líquida, utiliza menos proteção, preocupa-se menos em cheirar urina ou ficar molhada e conseqüentemente melhora sua condição clínica20. Isso pode ser suportado pelo nosso estudo, pois, após o tratamento proposto, a maioria das mulheres referiu que a freqüência urinária e a IUE não afetava ou afetava muito pouco sua vida. Complementando estes dados, o escore que avalia as medidas de severidade também diminuiu significativamente, demonstrando que menos episódios de perda urinária permitem uma necessidade menor de uso de absorventes e de troca de roupa íntima, assim como em outros estudos9,20.

O impacto que a incontinência causa na vida social provoca restrições quanto a freqüentar lugares públicos, viajar, dormir fora de casa e até fazer visitas aos amigos10. Isto está relacionado ao fato de as mulheres evitarem sair de casa, pois além de ficarem envergonhadas e com medo de cheirarem a urina, não sabem se encontrarão um local adequado para realizar suas micções e sua higiene pessoal, no caso de noctúria, urgência miccional ou até de urge-incontinência12,15. Assim como em nossos resultados, outros estudos observaram, após o tratamento fisioterápico, uma melhora significativa dos escores das limitações sociais8,20, emoções8,9,20, sono e disposição8,9.

Pode-se acrescentar ainda que, após o tratamento, os sintomas irritativos como aumento da freqüência urinária, noctúria e urgência também incomodavam menos ou então não estavam presentes, o que também é esperado com a realização dos exercícios do assoalho pélvico associados ao biofeedback. Em um estudo randomizado de 12 semanas com biofeedback, eletroestimulação e cinesioterapia para hiperatividade do detrusor, foi observada com o KHQ uma melhora destes sintomas e dos domínios de limitações físicas, limitações sociais e também nas relações pessoais de mulheres com idade variada9.

Todavia, não foi observada diferença significativa no escore do domínio relacionado às relações pessoais. Como este item envolve aspectos da vida familiar e sexual, provavelmente não houve mudanças pelo fato de muitas mulheres não comentarem com a família o problema da perda urinária e/ou pela intensidade da perda urinária não afetar a vida com o parceiro ou ainda por algumas mulheres não terem vida sexual ativa durante o tratamento. Isso pode ser observado na escala de sintomas urinários, em que a perda urinária durante a relação sexual incomodava apenas nove das 26 mulheres avaliadas. Nossos dados divergem um pouco da literatura, que retrata que a vida sexual e o relacionamento com o parceiro podem estar bastante comprometidos pelo impacto que a perda urinária pode causar neste aspecto, conforme demonstrado pela avaliação com o KHQ23. Entretanto, mesmo sendo uma condição comum entre as mulheres, ainda é um assunto que causa constrangimento e pouco mais da metade destas mulheres que têm algum tipo de IU e, em especial a IUE, revelam o problema e procuram tratamento16.

Mesmo observando uma diferença significativa na maioria dos escores avaliados, exceto nas relações pessoais, é importante ressaltar que o impacto destes sintomas na vida de cada uma está intimamente ligado à percepção individual que estas mulheres têm frente à severidade, tipo e quantidade da perda urinária. Além disso, está relacionada ao contexto cultural de cada indivíduo12,14,24. Adicionalmente, é importante destacar algumas limitações do estudo que podem interferir nos resultados, como uma amostra pequena e avaliação da QV em forma de entrevista. Contudo, embora nossa amostra seja de mulheres apenas no menacme, nossos dados estão consoantes com a literatura, que demonstram prejuízo na QV em mulheres de meia idade (50-59 anos)25 e melhora da QV após tratamento fisioterápico naquelas com média de idade de 47 (23-77)20 e 49,5 (±10,6) anos8.

Pelo grande impacto da incontinência na vida das pacientes, o profissional de saúde deve estar comprometido em avaliar a QV na prática clínica diária, pois ela será cada vez mais um parâmetro fundamental para guiar, direcionar e justificar quais intervenções deverão ser realizadas em consultas individuais e principalmente pelo sistema de saúde. Assim, o profissional deve estar atento em melhorar a auto-estima, as relações pessoais, físicas e sociais, orientando e intervindo no restabelecimento da sua paciente.

Concluímos que o presente estudo permitiu demonstrar que a QV de mulheres com IUE tratadas com fisioterapia pode melhorar em diversos aspectos, quando avaliada com um instrumento específico, como o KHQ.



REFERÊNCIAS

1. Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, Van Kerrebroeck P, Victor A, Wein A; Standardisation Sub-Committee of the International Continence Society. The standardisation of terminology of lower urinary tract function: report from the standardisation sub-committee of the International Continence Society. Urology. 2003; 61(1):37-49. Review. [ Links ]

2. Hannestad YS, Rortveit G, Sandvik H, Hunskaar A. A community-based epidemiological survey of female urinary incontinence: the Norwegian EPINCONT study. J Clin Epidemiol. 2000; 53(11):1150-7. [ Links ]

3. Siracusano S, Pregazzi R, D'Aloia G, Sartore A, Di Benedetto P, Pecorari V, et al. Prevalence of urinary incontinence in young and middle-aged women in Italian urban area. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2003; 107(2):201-4. [ Links ]

4. Amaro JA, Gameiro MO, Moreira EH. Exercícios perineais. In: Ribeiro RM, Rossi P, Pinotti JA, editores. Uroginecologia e cirurgia vaginal. São Paulo: Roca; 2001. p. 5-62. [ Links ]

5. Fantl JA, Newman DK, Colling J, DeLancey JOL, Keeys C, Loughery A, et al. Urinary incontinence in adults: acute and chronic management. Rockville: US Department of Health and Human Services/Public Health Service/Agency for Health Care Policy and Research; 1996. (Clinical Practice Guideline, 2; AHCPR Publ. 96-0682). [ Links ]

6. Hay-Smith EJ, Bo Berghmans LC, Hendriks HJ, de Bie RA, van Waalwijk van Doorn ES. Pelvic floor muscle training for urinary incontinence in women. Cochrane Database Syst Rev. 2001; (1):CD001407. Review. [ Links ]

7. Herrmann V, Potrik BA, Palma PCR, Zanettini CL, Marques A, Netto Júnior NR. Eletroestimulação transvaginal do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinária de esforço: avaliações clínica e ultra-sonográfica. Rev Assoc Med Bras. 2003; 49(4):401-5. [ Links ]

8. Balmforth JR, Mantle J, Bidmead J, Cardozo L. A prospective observational trial of pelvic floor muscle training for female stress urinary incontinence. BJU Int. 2006; 98(4):811-7. [ Links ]

9. Wang AC, Wang YY, Chen MC. Single-blind, randomized trial of pelvic floor muscle training, biofeedback-assisted pelvic floor muscle training, and electrical stimulation in the management of overactive bladder. Urology. 2004; 63(1): 61-6. [ Links ]

10. Lopes MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinária à vida da mulher. Rev Esc Enfermagem USP. 2006; 40(1):34-41. [ Links ]

11. The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995;41(10):1403-9. [ Links ]

12. Papanicolaou S, Hunskaar S, Lose G, Sykes D. Assessment of bothersomeness and impact on quality of life of urinary incontinence in women in France, Germany, Spain and UK. BJU Int. 2005; 96(6):831-8. [ Links ]

13. Coyne KS, Zhou Z, Thompson C, Versi E. The impact on health-related quality life of stress, urge and mixed urinary incontinence. BJU Int. 2003; 92(7):731-5. [ Links ]

14. Kelleher C. Quality of life and urinary incontinence. Baillieres Best Pract Res Clin Obstet Gynecol. 2000; 14(2):363-79. [ Links ]

15. Saleh N, Bener A, Khenyab N, Al-Mansori Z, Al-Muraikhi A. Prevalence, awareness and determinants of health care-seeking behaviour for urinary incontinence in Qatari women: a neglected problem? Maturitas. 2005; 50(1):58-65. [ Links ]

16. Fultz NH, Burgio K, Diokno A, Kinchen KS, Obenchain R, Bump RC. Burden of stress urinary incontinence for community-dwelling women. Am J Obstet Gynecol. 2003; 189(5):1275-82. [ Links ]

17. Blaivas JG, Appell RA, Fantl JA, Leach G, McGuire EJ, Resnick NM, et al. Standards of efficacy for evaluation of treatment outcomes in urinary incontinence: recommendations of the Urodynamic Society. Neurourol Urodyn. 1997;16(3):145-7. [ Links ]

18. Auge Ap, Zucchi CM, Costa FMP, Nunes K, Cunha LPM, Silva PVF, et al. Comparações entre os índices de qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária submetidas ou não ao tratamento cirúrgico. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006; 28(6):352-7. [ Links ]

19. Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida (King's Health Questionaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(5):235-42. [ Links ]

20. Neumann PB, Grimmer KA, Grant RE, Gill VA. Physiotherapy for female stress urinary incontinence: a multicentre observacional study. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2005; 45(3):226-32. [ Links ]

21. Bidmead J, Cardozo L, McLellan A, Khullar V, Kelleher C. A comparison of the objective and subjective outcomes of colposuspension for stress incontinence in women. BJOG. 2001; 108(4):408-13. [ Links ]

22. Klüber L, Moriguchi EH, Cruz IBM. A influência da fisioterapia na qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária: revisão. Rev Med PUCRS. 2002; 12(3):243-9. [ Links ]

23. Stach-Lempinen B, Kirkinen P, Laippala P, Metsanoja R, Kujansuu E. Do objective urodynamic or clinical findings determine impact of urinary incontinence or its treatment on quality of life? Urology. 2004; 63(1):67-71. [ Links ]

24. Yip SK, Chan A, Pang S, Leung P, Tang C, Shek D, et al. The impact of urodynamic stress incontinence and detrusor overactivity on marital relationship and sexual function. Am J Obstet Gynecol. 2003; 188(5):1244-8. [ Links ]

25. Teleman P, Lidfeldt J, Nerbrand C, Samsioe G, Mattiasson A. Lower urinary tract symptoms in middle-aged women-prevalence and attitude towards mild urinary incontinence: a community-based population study. Acta Obstet Gynecol Scand. 2005; 84(11):1108-12. [ Links ]

AUTORES:

Mariana Tirolli RettI; José Antonio SimõesII; Viviane HerrmannIII; Maria Salete Costa GurgelIII; Sirlei Siani MoraisIV

IFisioterapeuta, Doutoranda pelo Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – FCM/UNICAMP – Supervisora do Estágio Supervisionado II em Ginecologia e Obstetrícia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas – docente da Universidade Estácio de Sá (RJ) e da Faculdade Pitágoras – Belo Horizonte (MG), Brasil
IIProfessor Livre-docente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – FCM/UNICAMP – Campinas (SP), Brasil
IIIProfessor Assistente-Doutor do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – FCM/UNICAMP – Campinas (SP), Brasil
IVEstatística, responsável pelo Serviço de Estatística do Centro da Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas (SP), Brasil




Exames para identificação da lesão do ligamento cruzado anterior

Posted: 30 Aug 2012 10:39 AM PDT
Se os ligamentos forem forçados além dos limites normais da articulação, poderão sofrer uma deformação ou lesão permanente, dependendo da severidade da entorse a que foi submetido. A entorse poderá ocorrer em qualquer direção de movimento.

Para Schenck (1999, p. 499),

"as rupturas do LCA ocorrem com mais freqüência durante esportes que exigem movimentos de torção, salto e pivô. Geralmente estas lesões ocorrem sem contato. O pé está no solo, o joelho está flexionado e, quando o atleta realiza uma súbita mudança de direção, uma força valga é aplicada ao joelho, com a parte inferior da perna em rotação externa, resultando em incapacidade imediata. O mesmo mecanismo também ocorre em esportes de contato, como lesões que ocorrem no futebol americano e em lutas, quando o pé do atleta está no solo e ele é atingido na região póstero-lateral do joelho. Menos frequentemente, uma ruptura do LCA pode ocorrer com o joelho em hiperextensão e a perna em rotação interna. Esse tipo de lesão é raro em esportes individuais, exceto na ginástica e no esqui em declives. Quase todos os atletas que rompem o LCA serão incapazes de continuar praticando o esporte. O atleta em geral precisará de ajuda para levantar-se, e a extensão total do joelho será difícil e dolorosa no dia seguinte, devido à extremidade do LCA, que estará presa ao lado de fora da incisura intercondilar, bloqueando a extensão".

No momento em que ocorrer a lesão o atleta poderá relatar ter ouvido um som de "estalido" muitas vezes podendo ser ouvido por outras pessoas que encontram-se nas proximidades do lesionado. Geralmente uma efusão é detectada horas após a lesão, o que indica a presença de hemartrose.

Pessoas com lesões graves no LCA podem sentir dor repentina. Como descrito anteriormente normalmente ouve-se um "estalo" no joelho, causando um falseamento na articulação. Muitas vezes, após o trauma inicial, o indivíduo consegue sair andando, contudo isso não deve enganar o examinador.

Para Dunitz (2001) o paciente pode desenvolver com o tempo um problema de "falseamento" recorrente (ele sente uma instabilidade que faz com que sinta que vai cair). Isso com freqüência indica lesão séria no LCA, que exige correção cirúrgica. Em algumas horas, após um trauma, pode aparecer um inchaço, causando desconforto e dor. O inchaço é sempre resultado de hemartrose (sangue no joelho) e 70% dos casos destas se devem a lesões no LCA.

O que nos traz Dunitz (2001) é corroborado por Schenck (1999) onde o mesmo afirma que após ruptura do LCA, o atleta andará com o joelho flexionado, se for capaz de tolerar qualquer carga de peso. Ainda afirma o mesmo autor que a hemartrose desenvolve-se dentro de 6 a 12 horas após a lesão e quando isso ocorre geralmente é de moderada a grave.

Exames para identificação da lesão

Os exames utilizados para identificação de lesões no LCA podem ser de ordem física ou radiográfica (imagem). O teste físico de Lachman é muito utilizado para a identificação imediata de possibilidade de lesões graves no LCA. Ainda utiliza-se muito o teste de gaveta em flexão.

Segundo Dunitz (2001, p. 275), "Para identificar uma possível lesão do LCA faz-se "um teste de gaveta com o joelho em flexão de 20-30º e a tíbia em rotação neutra (teste de Lachman)". O teste é realizado empurrando-se a tíbia para frente em relação ao fêmur. Um teste de Lachman positivo é diagnóstico para ruptura do LCA.

Para APPLETON & LANGE (2001) o teste de Lachman é o teste mais sensível para insuficiência do LCA. O teste de Lachman é comparado com o joelho contralateral normal. O exame pode ser classificado como Lachman 1+, demonstrando até 5 mm de translação tibial anterior do que no joelho contralateral normal; como 2+, de 5 a 10 mm; e como 3+, maior do que 10 mm.

Outro teste utilizado é o teste de gaveta em flexão de 70-90º, com o joelho em rotação neutra ou interna. Entretanto, esse teste não é tão confiável como o este de Lachman, porque os músculos posteriores da coxa e corno posterior medial podem resistir a essa gaveta. O teste de Pivot Shift, ou teste da gaveta rotatória, pode ser positivo. Este teste é de difícil execução, especialmente em lesão aguda. Um teste positivo de Pivot Shift pode ser uma indicação para cirurgia em indivíduos ativos, desde que indique lesão crônica do LCA. A estabilidade em varo ou em valgo (lado) do joelho em 20-30º de flexão e extensão deve ser aplicada para excluir a possibilidade de lesão em outros ligamentos como LCM e LCL.

Muitas vezes uma simples radiografia poderia ajudar para um planejamento pré-cirúrgico, mas não se faz necessário para diagnóstico de uma ruptura no LCA. Em casos raros, uma avulsao da espinha tibial irá ocorrer, o que afetaria o plano de tratamento definitivo.

Segundo Dunitz (2001, p. 276), "[...] a artroscopia fornecerá o diagnóstico definitivo, principalmente quando combinada com sondagem do LCA. No entanto, a artroscopia diagnóstica é em geral desnecessária, uma vez que o diagnóstico pode ser confirmado no período do tratamento".

Retirei daqui





Entenda as lesões de ligamentos no joelho

Posted: 30 Aug 2012 06:10 AM PDT

Atletas, praticantes de esportes recreativos e sedentários têm algo em comum: o risco de sofrer uma lesão ligamentar no joelho. O ligamento é uma estrutura fibrosa, semelhante a uma corda, e apresenta diferentes espessuras de acordo com sua localização. O ligamento conecta um osso a outro dentro de uma articulação e sua principal função é de estabilizar a junta, ou seja, mantê-la no lugar a fim de impedir que um osso se desloque sobre o outro e assuma uma posição anormal. No joelho, existem quatro principais ligamentos: os cruzados anterior e posterior, e os ligamentos colaterais medial e lateral.

Segundo o médico Paulo Henrique Araujo, ortopedista e cirurgião graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, com especialização em Traumatologia ortopédica e cirurgia do joelho e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a lesão ligamentar pode ocorrer em várias situações e, principalmente, em decorrência de torções e traumas diretos durante a prática esportiva ou por ocasião de acidentes de trânsito, por exemplo.

"Geralmente, o paciente sente e ouve um estalo no joelho, seguido por dor, no momento do trauma. Se o ligamento acometido for um dos cruzados, que se localizam dentro do joelho, o derrame articular (água no joelho) aparece em seguida. Ao passo que, se a lesão for de um dos ligamentos colaterais, um inchaço se instalará no joelho", detalha o ortopedista.

Segundo o ortopedista, a lesão ligamentar mais frequente no joelho é a lesão do ligamento colateral medial - no lado interno do joelho -, que ocorre quando ele é forçado para dentro e a perna para fora. "Nesses casos, a indicação para cirurgia é exceção, pois esse ligamento tem uma boa capacidade de cicatrização. Por outro lado, a lesão ligamentar mais comum que leva ao tratamento cirúrgico acomete o ligamento cruzado anterior (LCA) e afeta, no Brasil, principalmente, jogadores de futebol, sejam os profissionais ou os de fim de semana", esclarece. Já a lesão do ligamento cruzado posterior (LCP) está mais associada a traumas de maior intensidade, como acidentes automobilísticos, muito embora também possa acontecer no esporte.

O médico ortopedista deve ser consultado para detectar o tipo da lesão e o tratamento adequado. Existem consequências imediatas e tardias quando a pessoa não dá atenção ao problema, realiza tratamento não adequado ou interrompe o processo de recuperação. "As imediatas são novos episódios de entorse, ou seja, instabilidade. Com isso, vem a insegurança, dor e o derrame articular. As consequências tardias são maiores danos na articulação, incluindo lesões de meniscos e cartilagem. Quanto maior o acometimento articular, maior a chance do paciente desenvolver uma artrose no futuro", finaliza Araujo.




O trabalho dos alvéolos pulmonares

Posted: 30 Aug 2012 05:53 AM PDT


Os alvéolos são estruturas elásticas, formadas por uma membrana bem fina e envolvida por uma rede de vasos capilares sanguíneos.

Existem milhões de alvéolos em cada pulmão. É em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. Nos alvéolos ocorre uma difusão dos gases por diferença de concentração e, consequentemente, da pressão dos gases. O sangue que chega aos alvéolos absorve o gás oxigênio inspirado da atmosfera. Ao mesmo tempo, o sangue elimina gás carbônico no interior dos alvéolos; esse gás é então expelido do corpo por meio da expiração.







Os movimentos respiratórios

Na inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem. Ao se contrair, o diafragma desce e a cavidade torácica aumenta de volume verticalmente. Quando os músculos intercostais contraem, eles levam as costelas e o volume da cavidade torácica aumenta horizontalmente. Com o aumento do volume do tórax, a pressão do ar no interior da cavidade torácica e dos pulmões diminui. Então, a pressão do ar atmosférico torna-se maior que a pressão do ar interno, e o ar atmosférico penetra no corpo indo até os alvéolos pulmonares: é a inspiração.

Num segundo movimento, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, diminuindo o volume da cavidade torácica. Então, a pressão do ar interno (no interior dos pulmões) aumenta, tornando-se maior que a pressão atmosférica. Assim, o ar sai do corpo para o ambiente externo: é a expiração.

Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio, presente no ar inspirado, passa para o sangue que é então distribuído pelas hemácias a todas as células vivas do organismo. Ao mesmo tempo, as células vivas liberam gás carbônico no sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado para o ambiente externo por meio da expiração.




Troca e transporte de gases no pulmão

Posted: 30 Aug 2012 05:50 AM PDT


Após os alvéolos serem ventilados com ar fresco, a próxima etapa no processo da respiração é a difusão do O2 dos alvéolos para o sangue e do CO2 no sentido oposto do sangue para os alvéolos.




Esta troca ocorre nas membranas respiratórias (todas as superfícies pulmonares) por meio de difusão, ou seja, tanto O2 quanto o CO2 passam do meio mais concentrado para um meio menos concentrado.




Como se pode perceber tanto O2 quanto CO2 tem um sentido oposto durante a difusão.









A difusão depende de cinco fatores:




1. Solubilidade do gás em um liquido.

2. A área da reação transversa do liquido.

3. A distancia através da qual o gás deve difundir.

4. Peso molecular do gás.

5. Temperatura do gás.




A maioria dos gases com importância na fisiologia da respiração possuem uma solubilidade muito baixa no sangue e o inverso ocorre nos lipídios através da membrana celular onde são muito solúveis.




Quando há edema a membrana celular aumenta em muito a sua espessura, com isso se tem uma maior dificuldade para ocorrer à difusão.




Composição do ar alveolar e sua relação com o ar atmosférico, ao nível do mar.






O ar alveolar não apresenta de modo algum as mesmas concentrações gasosas do ar atmosférico, pois:
O ar alveolar é substituído parcialmente por ar atmosférico a cada respiração.
O O2 esta constantemente sendo absorvido dos alvéolos para o sangue.
O CO2 esta em difusão constante do sangue para os alvéolos.
O ar atmosférico seco que penetra nas vias aérea é umidificado antes de chegar aos alvéolos.

A velocidade de renovação do ar alveolar pelo ar atmosférico ocorre de maneira muito lenta, pois em um individuo normal após a respiração no final da expiração o volume de ar que permanece no pulmão é de cerca de 2.300ml, todavia apenas 350ml chegam aos alvéolos a cada respiração normal, como conseqüência disso o ar renovado a cada respiração é de apenas 1/7, pois 2300/350 = 0,007.




Esta renovação lenta do ar é importante para evitar:




o Alterações súbitas da concentração de gases no sangue.

o Evitar o aumento ou diminuição excessiva na oxigenação dos tecidos.

o Alterações súbitas da concentração de CO2 tecidual.

o Alterações excessivas do pH do sangue e tecidos, quando a respiração é interrompida.

Concentração e pressão de O2 nos alvéolos:
É controlado em 1° lugar pela velocidade de absorção de O2 pelos capilares.
É controlado em 2° lugar pela velocidade da entrada do novo O2 para os pulmões pelo processo da ventilação.

Concentração e pressão de CO2 nos alvéolos:
O CO2 é continuamente formado no organismo, sendo também continuamente liberado nos alvéolos e apartir daí para fora do corpo.
A concentração de CO2 no sangue é muito mais importante que a de O2, e a causa disto veremos mais adiante.
Se o gás for solúvel no liquido (plasma) ele exerce pouca pressão este é o caso do CO2 que demora a saturar, já o O2 é muito pouco solúvel em meio liquido saturando mais rapidamente.

PV (pressão venosa pulmonar)O2: 40mmHg

PV (pressão venosa pulmonar)CO2: 45mmHg

Pa (pressão artéria pulmonar)O2: 104mmHg

Pa (pressão artéria pulmonar)CO2: 40mmHg

PA (pressão alveolar)O2: 100mmHg

PA (pressão alveolar)CO2: 40mmHg

Espaço morto fisiológico: é na realidade a soma do espaço morto anatômico com outros volumes gasosos pulmonares que não participam da troca gasosa.

o Por exemplo: determinada área do pulmão é ventilada, mas não perfundida e os gases que chegaram aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é funcionalmente morto.

o Também pode ocorrer o contrario onde ocorre a perfusão, mas não ocorre a ventilação, o que resulta em um sangue que não pode fazer as trocas gasosas e a este sangue o chamamos de sangue shunt por sua incapacidade de realizar as trocas gasosas.

o O espaço morto fisiológico é maior que o anatômico.

Quando entra O2 no organismo a sua pressão parcial diminui devido a umidificação que ocorre nas vias aéreas, em santos de 160mmHg para 149mmHg.
Pressão alveolar O2 = 104mmHg.
Pressão arterial O2 = 100mmHg.
Pressão venosa O2 = 40mmHg.

O CO2 é resultado da queima da glicose dentro das células, tendo como função reativar o tampão carbônico para a manutenção do pH.

CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3-

Este tampão tem como finalidade manter a estabilidade do pH, pois:

o CO2↑ H+↑ pH↓, o que leva a uma acidose.

o CO2↓ H+↓ pH↑, o que leva a uma alcalose.

É mais importante manter o equilíbrio de CO2 que o de O2:
[CO2] no ar atmosférico é praticamente 0mmHg.
[CO2] no ar atmosférico é praticamente 0mmHg.
[CO2] no ar alveolar = 40mmHg.
Pressão arterial CO2 = 40mmHg.
Pressão venosa CO2 = 45mmHg.

Percebe-se que a diferença entre o sangue venoso e o arterial não pode ser muito grande, pois se isso ocorre-se o sangue venoso seria muito acido.

Quando o sangue venoso passa pelo pulmão deixa cerca de 5mmHg de CO2 saindo para a veia pulmonar com cerca de 40mmHg de CO2, então qualquer problema que impeça este processo em longo prazo acarretará uma acidose respiratória.



Acidose metabólica: ocorre por problemas relativos ao metabolismo, por exemplo, excesso de produção de acido lático, no diabético o excesso de corpos cetonicos no sangue e etc... Todos estes problemas aumentam a concentração de H+ no sangue o que por sua vê diminui o pH, para compensar tem-se uma hiperventilação para retirar o CO2 em excesso, os rins aumentam a excreção de íons H+ e a reabsorção de HCO3-.
Alcalose metabólica: por problemas do metabolismo tem se a falta de íons H+ e o excesso de HCO3- o que aumenta o pH, é compensado através de uma hiperventilação e os rins aumentam a excreção de HCO3- e a reabsorção de H+.
Acidose respiratória: causada por uma ventilação ruim, o que aumenta a concentração de CO2 no sangue que por sua vês diminui o pH do mesmo.Para se compensar 1° tem se os tampões dos líquidos corporais e também os rins necessitam de vários dias para corrigir o problema.Alcalose respiratória: ocorre quando se tem uma ventilação excessiva que eleva o pH do sangue, para se compensar tem se os tampões corporais e também os rins.

El Capitulo de Residentes del Colegio Mexicano de Ortopedia y Traumatología A.C.


El Capitulo de Residentes del Colegio Mexicano de Ortopedia y Traumatología A.C.

http://livestre.am/46Vgr






Columna pediátrica
Dr. Enrique Rosales Muñoz
Médico adscrito
Hospital Shriners para niños


Degeneración discal
Dr. Edgar Corpus Mariscal
Médico adscrito al Servicio de Cirugía de Columna
Hospital General Regional con UMAE No. 2 Villa Coapa. IMSS


Uso de cajas intersomáticas
Dr. César González Vargas
Médico adscrito al Servicio de Cirugía de Columna
Hospital General Regional con UMAE No. 2 Villa Coapa. IMSS

jueves, 30 de agosto de 2012

Durante el mes de agosto se han ido publicando semanalmente nuevos artículos en la web de "Evidencias en Pediatría".



Durante el mes de agosto se han ido publicando semanalmente nuevos artículos en la web de "Evidencias en Pediatría".

Os mostramos una selección de lo publicado durante este mes (artículos que forman parte del próximo número de septiembre).

Editoriales:

La información para padres en Internet y Evidencias en Pediatría. http://tinyurl.com/9zxaraf
¿Existe un sobrediagnóstico del trastorno de déficit de atención e hiperactividad (TDAH)? http://tinyurl.com/cl6wu8c
Sección "Del artículo al paciente":


¿Es más útil la ecografía universal que la selectiva para detectar la displasia del desarrollo de la cadera?
http://tinyurl.com/cjsmje7
Artículos valorados críticamente:

Los escolares acosados tienen más riesgo de autolesionarse en la adolescenciahttp://tinyurl.com/cx8touz
Lactante con otitis frecuentes: ¿qué puede aportar la cirugía? mhttp://tinyurl.com/cat8v9mComo siempre os recordamos que si queréis suscribiros al boletín de novedades podeis hacerlo desde la página principal de la revista http://www.evidenciasenpediatria.es/ , en el enlace "Suscripción gratuita al boletín de novedades", a la derecha de vuestra pantala.

Atentamente:

Equipo editorial de "Evidencias en Pediatría"
http://www.evidenciasenpediatria.es

En Twitter: https://twitter.com/evidpediatria
En Facebook: http://www.facebook.com/pages/Evidencias-en-Pediatria/396993320672

Historia de la Fijación Externa en Traumatología y Ortopedia


Historia de la Fijación Externa en Traumatología y Ortopedia

http://youtu.be/yzbHkmDZBe0

Plática impartida por el Dr. David Hernández Mújica el 29 de agosto en los días Académicos del Servicio de Ortopedia Mixta del Hospital de Ortopedia "Dr. Victorio de la Fuente Narváez" (antes Magdalena de las Salinas) del Instituto Mexicano del Seguro Social, Ciudad de México, Distrito Federal
Contacto: davidhmujica@hotmail.com



Mas sobre neuropatia diabetica



Neuropatía autonómica en diabetes mellitus y obesidad: actualización


Autonomic neuropathy in diabetes mellitus and obesity: an update.
Katsilambros NL, Boulton AJ, Tentolouris N, Kokkinos A, Liatis S.
Exp Diabetes Res. 2011;2011:607309. Epub 2011 Dec 1.

doi:10.1155/2011/607309

Autonomic neuropathy, although not rare, is one of the most insidious complications of diabetes mellitus, especially in those patients with long-standing and poorly controlled disease. A lot of attention has been given to the cardiovascular aspect of autonomic dysfunction, which has been
implicated in increased mortality, especially in view of recent reports regarding the association of very tight glycaemic control with increased mortality, which could be attributed to hypoglycemia-induced arrhythmias.


http://www.hindawi.com/journals/edr/2011/607309/

Actualización de las polineuropatías diabéticas


Update on the management of diabetic polyneuropathies.
Shakher J, Stevens MJ.
Heart of England NHS Foundation Trust, Birmingham, UK;
Diabetes Metab Syndr Obes. 2011;4:289-305. Epub 2011 Jul 21.
Abstract
The prevalence of diabetic polyneuropathy (DPN) can approach 50% in subjects with longer-duration diabetes. The most common neuropathies are generalized symmetrical chronic sensorimotor polyneuropathy and autonomic neuropathy. It is important to recognize that 50% of subjects with DPN may have no symptoms and only careful clinical examination may reveal the diagnosis. DPN, especially painful diabetic peripheral neuropathy, is associated with poor quality of life. Although there is a better understanding of the pathophysiology of DPN and the mechanisms of pain, treatment remains challenging and is limited by variable efficacy and side effects of therapies. Intensification of glycemic control remains the cornerstone for the prevention or delay of DPN but optimization of other traditional cardiovascular risk factors may also be of benefit. The management of DPN relies on its early recognition and needs to be individually based on comorbidities and tolerability to medications. To date, most pharmacological strategies focus upon symptom control. In the management of pain, tricyclic antidepressants, selective serotonin noradrenaline reuptake inhibitors, and anticonvulsants alone or in combination are current first-line therapies followed by use of opiates. Topical agents may offer symptomatic relief in some patients. Disease-modifying agents are still in development and to date, antioxidant α-lipoic acid has shown the most promising effect. Further development and testing of therapies based upon improved understanding of the complex pathophysiology of this common and disabling complication is urgently required.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3160854/pdf/dmso-4-289.pdf

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3160854/?tool=pubmed





Atentamente
Anestesiología y Medicina del Dolor
www.anestesia-dolor.org

Sedación en UCI con infusión de haloperidol-propofol versus midazolam-propofol después de cirugía coronaria. Estudio prospectivo, aleatorizado y doble ciego.



Sedación en UCI con infusión de haloperidol-propofol versus midazolam-propofol después de cirugía coronaria. Estudio prospectivo, aleatorizado y doble ciego.


ICU sedation with haloperidol-propofol infusion versus midazolam-propofol infusion after coronary artery bypass graft surgery: A prospective, double-blind randomized study.
Etezadi F, Najafi A, Yarandi KK, Moharari RS, Khajavi MR.
Source
Department of Anesthesiology and Critical Care, Tehran University of Medical Sciences, Tehran, Iran.
Ann Card Anaesth. 2012 Jul;15(3):185-9.
Abstract
Combinations of hypnotics with or without opiates are commonly used in agitated patients. We hypothesized that combination of haloperidol-propofol in comparison with midazolam-propofol would lower consumption of propofol and lead to better hemodynamic and respiratory profile during sedation of agitated patients. Among 108 patients admitted in our ICU, 60 patients were agitated according to Ramsay Sedation Score (RSS) and randomly divided into two groups. Morphine sulfate (0.05 mg/kg) was administered to all patients for relief of postoperative pain. In one group, sedative infusion was started with 1 mg/h of haloperidol plus 25 μg/kg/min of propofol after bolus injection of 2 mg haloperidol. In the other group, midazolam1 mg/h and propofol 25 μg/kg/min were infused after a bolus injection of 2 mg midazolam. Propofol infusion was adjusted to keep bi-spectral index between 61-80 and the RSS between 3-5. Hourly propofol consumption was recorded during 24 h of sedation and compared statistically. We also compared SpO 2 , arterial blood gas variables, hemodynamic parameters and episodes of respiratory depression (SpO 2 ≤85%) requiring respiratory support between the groups. Haloperidol, when added to propofol infusion, decreased its consumption at all the measured times (P = 0.001). There was no significant difference in hemodynamic variables between two groups, but the episodes of respiratory depression was significantly higher in propofol-midazolam group (P = 0.02). We conclude that haloperidol-propofol infusion decreases propofol requirements in the agitated patients. Besides, this combination showed a better profile in terms of occurrence of respiratory depression.
http://www.annals.in/text.asp?2012/15/3/185/97974


http://www.annals.in/temp/AnnCardAnaesth153185-5177893_142258.pdf



Atentamente
Anestesiología y Medicina del Dolor
www.anestesia-dolor.org


miércoles, 29 de agosto de 2012

Bibliotecas. Alerta


La Comunidad amplía el horario de 12 bibliotecas para facilitar la ...
Europa Press
Las bibliotecas ampliarán su horario habitual (el cual es de 9:00 horas a 21:00 horas) para prestar servicio de nueve de la mañana a una de la madrugada. En la última campaña celebrada en mayo, utilizaron este servicio 64.194 estudiantes. Las doce ...
Ver todos los artículos sobre este tema »

La Biblioteca Nacional afronta un mes de septiembre cargado de ...
Europa Press
La inauguración de dos exposiciones, la primera dedicada al fotógrafo hispano húngaro Juan Gyenes, y la segunda, El libro como..., en la que el protagonista principal es el público, marcan la programación cultural de la Biblioteca Nacional de España en ...
Ver todos los artículos sobre este tema »
Europa Press

Ofrecen bibliotecas de Somerton y Yuma computación y películas ...
Bajo el Sol
La clase “Computer Basics” (Computación básica) se ofrecerá durante los viernes 7, 14, 21 y 28 de septiembre de 4:00 a 5:00 PM en la biblioteca de Somerton, ubicada en el 240 Calle Canal. Aparte de impartir las habilidades básicas de computación, ...
Ver todos los artículos sobre este tema »

Biblioteca Nacional del Perú: 191 años al servicio de la cultura
LaRepública.pe
Este martes 28 de agosto, la Biblioteca Nacional del Perú (BNP) cumple 191 años de existencia. Desde su fundación - en 1821 - a la actualidad, la institución guarda valiosos documentos y colecciones bibliográficas en su local del distrito de San Borja.
Ver todos los artículos sobre este tema »
LaRepública.pe

La frustrada biblioteca del Prado cuesta ya más de ocho millones
Diario de Sevilla
Tres años después de que la Justicia tumbara el proyecto para la construcción de la Biblioteca Central de la Universidad de Sevilla, la Hispalense ha comenzado a ejecutar la orden de demolición para la reposición a su estado original de la zona ...
Ver todos los artículos sobre este tema »

José María Murià dona fondo catalán a Biblioteca
Informador.com.mx
GUADALAJARA, JALISCO (28/AGO/2012).- A lo largo de su carrera académica, José María Murià ha hablado en numerosas ocasiones sobre algún episodio de la historia de Jalisco; sobre la migración catalana en México; sobre el tequila y la charrería; ...
Ver todos los artículos sobre este tema »
Informador.com.mx

La Biblioteca Miguel Artigas tiene 120 libros que pueden ...
ABC.es
La Biblioteca Municipal Miguel Artigas de Astillero dispone en estos momentos de un fondo de 120 libros que pueden descargarse gratis en versión integra en MP3. Esta prestación es posible dado que el centro municipal pertenece al Sistema de ...
Ver todos los artículos sobre este tema »
Serna dice que la Biblioteca da el mismo o más servicio que otras ...
ABC.es
El consejero de Educación, Cultura y Deporte, Miguel Ángel Serna, ha asegurado hoy que los servicios que va a prestar la Biblioteca Central de Cantabria van a ser "igual o superiores" a la de la mayor parte de los centros de estas características que ...
Ver todos los artículos sobre este tema »
La Biblioteca Pública de Cáceres abre el plazo de solicitudes para ...
20minutos.es
La Biblioteca Pública de Cáceres 'A. Rodríguez-Moñino/M. Brey' abre desde este lunes, día 27 de agosto, y hasta el próximo 10 de septiembre, el plazo de solicitudes para las listas de espera de sus clubes de lectura. La Biblioteca Pública de Cáceres ...
Ver todos los artículos sobre este tema »
La Biblioteca de Queens anuncia nuevo horario de servicio
La Tribuna Hispana
A partir del 10 de septiembre del 2012, La Biblioteca de Queens tendrá nuevo horario de servicio. El nuevo horario incluirá horas en la noche en cada biblioteca, de lunes a viernes, para hacerlo más fácil para que más personas accedan a la biblioteca.
Ver todos los artículos sobre este tema »




Biblioteca de Julian Street / Joel Sanders | Plataforma Arquitectura
según Fernanda Castro
La Biblioteca de Julian Street es una estructura original de 1960 en la Universidad de Princeton. El proyecto replantea las salas de lectura como ambientes de aprendizaje y multimedia. Situado entre el área residencial y el centro del campus ...
Plataforma Arquitectura
Vicerrectoría Académica presenta nuevo sitio de Biblioteca con ...
según karen.naylor
A partir del viernes 24 de agosto, el Sistema de Biblioteca de la Pontificia Universidad Católica de Valparaíso dispone un nuevo sitio web para sus estudiantes, académicos e investigadores, el que presenta una arquitectura destinada a ...
Información PUCV
Lechago inauguró, con emoción, la Biblioteca Félix Romeo ...
Lechago inauguró, con emoción, la Biblioteca Félix Romeo Félix Romeo Pescador (Zaragoza, 1968-Madrid, 2011) amaba los libros casi tanto como amaba la vida. Amaba las librerías, nuevas y de lance,
RSS :: Heraldo.es
Luis Alegre y David Trueba en el Instituto Cervantes de Dublín ...
según Biblioteca
Ahora la incorporamos a este sitio añadiéndole las funcionalidades avanzadas de DIGIBIB, la aplicación desarrollada por DIGIBÍS para la Gestión Digital de Bibliotecas Virtuales, y convirtiéndola en unaBiblioteca de Autor. […] Biblioteca ...
Torre Martello
Novedades en Historia | Biblioteca Utopía
según Biblioteca Utopía
Por Biblioteca Utopía | 22 de Agosto de 2012 | Biblioteca. nove-historia. Acha, Omar. Los muchachos peronistas : orígenes olvidados de la Juventud Peronista (1944- 1955). — Buenos Aires : Planeta, 2011. 252 p. HISTORIA ARGENTINA ...
Utopía




Presenta Cobach nuevo sistema de biblioteca virtual - YouTube
El Colegio de Bachilleres del Estado de Sonora, presentó en rueda de prensa el nuevo sistema ...
www.youtube.com/watch?v=6Loa4US846g

Evacúan biblioteca pública en Dodge City - Kansas | Univision
Dodge City, Un paquete sospechoso provoca la evacuación de la biblioteca pública de Dodge City. Esta noche, el hombre que dejo el paquete se encuentra en ...
www.univisionkansas.com/.../410195-evacuan-biblioteca-publ...
Islamistas libios destruyen altares sufíes y una biblioteca - Yahoo ...
Leer 'Islamistas libios destruyen altares sufíes y una biblioteca' en Yahoo! Noticias. ZLITAN, Libia (Reuters) - Grupos de islamistas conservadores hicieron ...
es-us.noticias.yahoo.com/islamistas-libios-destruyen-altares-suf...
CITAS DE ALEJANDRO JODOROWSKY, ACÉRCATE A LA ...
CITAS DE “DONDE MEJOR CANTA UN PÁJARO” ▷CITAS DE “EL NIÑO DEL JUEVES NEGRO” ▷CITAS DE “PSICOMAGIA” ▷CITAS DE “LA SABIDURÍA DE ...
planocreativo.wordpress.com/.../citas-de-alejandro-jodorowsk...
Tomada, garre y mariotto expondran hoy en biblioteca porteña ...
Leer 'Tomada, garre y mariotto expondran hoy en biblioteca porteña' en Yahoo! Noticias. Buenos Aires, 27 de agosto (Télam).- Los ministros de Trabajo, Carlos ...
es-us.noticias.yahoo.com/tomada-garre-mariotto-expondran-bi...

Influencia de Bibliomanazteca


Liibook, una herramienta para publicar y vender libros sin intermediarios


Liibook, una herramienta para publicar y vender libros sin intermediarios


Parte del fenómeno de la autopublicación, esta plataforma argentina publica gratis libros electrónicos de autores que se llevan el 100% de las ganancias de venta. "Cualquiera puede ser el próximo Borges", dice Federico Roma, su creador.
POR MARCELA MAZZEI







PREMIADA. Liibook fue finalista y ganó varias competencias de planes de negocios.



Ya sea un poema de 20 palabras o una novela de 500 páginas, todo el que haya escrito un algo que quiera dar a conocer puede hacerlo a través de Liibook, una herramienta de auto-publicación creada en 2099 por el diseñador argentino Federico Roma. "Empecé solo: como diseñador gráfico, siempre me dediqué a trabajar en Internet, y veía que existían herramientas que les permitían a los músicos y a los fotógrafos distribuir sus obras, y nunca encontraba nada para autores: si quería un libro tenía que ir a buscarlo a una librería tradicional", cuenta el emprendedor cuya idea tuvo reconocimiento: fue finalista, e incluso ganó, varias competencias de planes de negocios como Naves, INNOVAR y Wayra (Telefónica) entre 2010 y 2011, cuando se terminó de conformar la sociedad junto a Sebastián Micha eIgnacio Roizman.


"A partir de esas cosas que pasaron le pudimos dar un empujón y ahora estamos funcionando", contó Roma a Ñ digital. La plataforma, que se caracteriza por borrar por completo a los intermediarios entre el autor y el lector, ya supera los 5500 usuarios en toda Latinoamérica, España, Francia, Inglaterra y los Estados Unidos. El funcionamiento, muy parecido a una comunidad de lectores online, está muy bien explicado en el video que acompaña este artículo: crear un usuario, subir la información y decidir qué precio el autor quiere recibir a cambio, monto del que obtendrá el 100 por ciento. Tiene además un catálogo de más de 7000 obras publicadas, mejor dicho, auto-publicadas: "El autor ya no tiene la necesidad de que nadie lo acepte sino que dice: `acá está mi libro, vamos a ver cómo lo distribuyo y cómo lo comercializo'".


-¿Cómo fueron los comienzos? ¿Con qué libros empezó Liibook?
-Los primeros autores fueron amigos y conocidos. Como no teníamos dinero para publicidad, invitábamos a algunos que sabíamos que le gustaban las letras, para que lo probaran y nos dijeran en qué podemos mejorar, pero en un círculo cerrado. Después fue expandiéndose solito: estos amigos que escribían se lo empezaron a pasar a sus compañeros de trabajo, de facultad y comenzamos a conocer a otra camada de escritores. Hay un espectro muy grande de gente que escribe y como la comunidad es libre, no ponemos límites, hay cuentos que escribió un chico 12 años en Santiago del Estero y está Elizabeth, una chica que ya publicó siete libros, que el año pasado vendió más de 100 mil libros en España, y abandonó su editorial diciendo: "Yo me largo a hacerlo sola porque no necesito todo esto".


-¿Y cuáles son los planes, los objetivos?
-Apostamos a que cada vez haya más autores auto-publicándose, más autores con trayectoria, con reconocimiento, y nos gustaría que siga para ese lado, que la calidad del contenido sea muy diversa y que haya cada vez más autores conocidos.


-¿Tienen algún plan para lo que se conoce como el rol del editor?
-Sí, desde luego que en algún momento creo que vamos a tener una especie de "Los elegidos de Liibook". Pero también en otro momento pensamos que quizás el autor necesita ayuda, necesita editar, pero no podemos contratar a un editor para pasarle el libro que el autor necesita: sin promoción se registran 20 personas por día, a veces entran más de 150 personas, y eventualmente voy a necesitar un galpón lleno de editores para poder satisfacer toda esa demanda. A partir de eso, en lo que más estamos pensando es otra mecánica por la cual podamos contactar a esas personas, tanto autores como editores como ilustradores de tapa, correctores, traductores: que todos los eslabones de la cadena tradicional puedan ingresar y participar de la forma en que lo deseen.


-Ustedes aportarían la plataforma para esos intercambios, serían una especie de red social…
-Usamos mecánicas sociales, pero tuvimos un conflicto con Facebook por el cual no podemos decir que somos una red social. Nos gusta más considerarnos una herramienta de auto-publicación. Los usuarios se siguen como en Twitter, por ejemplo. Entre los autores hay gente a la que seguís y gente que te sigue, y cada vez que hacés algo le podés contar al resto. Hay mecánicas sociales pero el sitio es más parecido a Youtube que otra cosa.


-¿Sólo ofrecen e-books?
-Por ahora sí, desde la Feria del Libro tenemos una alianza con Bibliográfica, nuestros sistemas van a integrarse y el lector va a poder comprar el libro y descargarse la versión digital, o cubrir el costo de impresión más el envío y que le llegue el libro a la casa.


-¿Cuánto de ese precio cobra el autor finalmente?
-El autor siempre cobra el precio de venta, el costo de producción lo cubre el lector. Comprás el libro, comprás el acceso a ese contenido, la forma en que lo consumas es gratis en formato digital y si querés en papel hay que pagarlo, porque no hay forma de imprimir gratis, lamentablemente. Con el digital es otra cosa: el sistema está automatizado de tal forma que se toma la información de una base de datos, se arma el e-book según el formato que elija (se puede bajar en PDF o mobi).


-Hacen concursos literarios, ¿con qué criterio eligen los jurados?
-Constantemente hay concursos abiertos, de temática libre, como uno muy exitoso de cuentos cortos, en los que pueden participar autores de cualquier parte del mundo (una vuelta el premio fue un Nook, un lector de tinta electrónica). Pero los concursos tienen una mecánica distinta, particular, porque no tenemos un jurado: no queremos ponernos con el dedo a decir que éste es mejor que el otro, son los lectores los que eligen, a través un sistemita de cinco estrellas con el que votás o le dejás un comentario. Si el usuario te sigue, podés enviarle un mensaje privado.



-¿Por qué creés que algunos autores con una trayectoria o incluso una editorial eligen publicar algunos de sus textos en este tipo de formato?
-Nosotros lo pensamos de esta manera: cualquiera puede ser el próximo Borges. No es algo que una empresa necesite definir. Antes, era obvio que una editorial tradicional necesitaba filtrar a qué autores iba a publicar porque la inversión que hacía era muy grande. Pero hoy ya no hay esa necesidad y poner ese límite nos parece un desperdicio, desde cualquier lado pueden aparecer escritores. Seguramente quien esté más instruido va a tener mejores oportunidades… Así, por ejemplo, los autores se van formando una reputación dentro del sitio en base a cómo suben el material, si está corregido, si tienen faltas de ortografía, si es una obra de cien palabras que quieren cobrar 10 dólares, ese tipo de cosas hacen de la imagen del autor. Al principio era un caos, todo el mundo hacía cualquier cosa y de pronto comenzó a estabilizarse solo. Ahora los autores saben que tienen que subir una tapa, que hay una determinada forma de dirigirse para responder comentarios. Es muy interesante lo que pasa dentro de la comunidad.


-¿No es tentador comenzar a cobrar por esos servicios extra?
-Por eso te decía que no lo vamos a ofrecer nosotros sino contactar a los que ofrecen esos servicios, para que se los puedan ofrecer directamente al autor. Deliberadamente, no buscamos armar una cadena como la que había antes: autor, editorial, sino una especie de sistema solar, donde el autor y el lector están en el centro y orbitan alrededor editores, diseñadores, según la necesidad que tengan lo van a poder contratar.


-¿Cuál es a tu criterio el mejor título que tienen?
-Hay una serie de cuentos de un argentino que se llama Camilo Fernández, que me gustan mucho. Y hay otra chica de seudónimo Anita que publica cuentos para mujeres que en realidad son muy graciosos, hay varias cosas. Lo que más gracia nos causa es que, en general, se trata de gente que no ha estudiado letras pero les llueven elogios o pedidos de descargas de libros.


-¿Y qué se baja más, lo que más circula?
-Lo que más se consume son obras cortas: cuentos cortos, ensayos, artículos, y creo que está dado un poco por la limitante que tiene el lector para consumir ese contenido: leer una obra de 200.000 palabras como una novela frente a la pantalla de la computadora es difícil; además son pocos quienes tienen un lector de libros electrónicos, un Kindle, un Nook así que lo que más salen son esos cuentos.


-Igualmente, es un mercado que está creciendo mucho…
-Es que ofrece muchísimos beneficios. Pensá que entran dos mil libros en un aparatito chico que no pesa nada; a un chico de siete años le sacás 20 kilos de libros de la espalda y el mismo contenido educativo lo podés tener en una escuela rural en Jujuy como acá. El beneficio del libro electrónico es enorme: nunca antes la posibilidad y el éxito estaban tan abiertos como ahora.

Fuente: http://www.revistaenie.clarin.com/ideas/tecnologia-comunicacion/Liibook-una-herramienta-para-publicar-y-vender-libros-electronicos_0_763723847.html

Dolor y cerebro: especificidad y plasticidad del cerebro en dolor crónico clínico



Dolor y cerebro: especificidad y plasticidad del cerebro en dolor crónico clínico


Pain and the brain: Specificity and plasticity of the brain in clinical chronic pain
A.V. Apkarian, J.A. Hashmi, and M.N. Baliki
Department of Physiology, Northwestern University, Feinberg School of Medicine, Chicago, Illinois, 60611. Departments of Anesthesia, Surgery, Northwestern University, Feinberg School of Medicine, Chicago, Illinois, 60611
Pain. 2011 March ; 152(3 Suppl): S49-S64. doi:10.1016/j.pain.2010.11.010.


We review recent advances in brain imaging in humans, concentrating on advances in our understanding of the human brain in clinical chronic pain. Understanding regarding anatomical and functional reorganization of the brain in chronic pain is emphasized. We conclude by proposing a brain model for the transition of the human from acute to chronic pain.
Keywords: fMRI, VBM, brain activity, brain reorganization, acute pain, chronic pain


http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3045648/pdf/nihms259049.pdf

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3045648/?tool=pubmed



Atentamente
Anestesiología y Medicina del Dolor
www.anestesia-dolor.org

Changing Our Tune on Exercise


http://well.blogs.nytimes.com/2012/08/27/changing-our-tune-on-exercise/?ref=health

PERSONAL HEALTH AUGUST 27, 2012, 3:26 PM135 Comments
Changing Our Tune on Exercise By JANE E. BRODY
Yvetta Fedorova




PERSONAL HEALTH

Jane Brody on health and aging.

What would it take to persuade you toexercise?

A desire to lose weight or improve your figure? To keep heart disease, cancer ordiabetes at bay? To lower your blood pressure or cholesterol? To protect your bones? To live to a healthy old age?

You’d think any of those reasons would be sufficient to get Americans exercising, but scores of studies have shown otherwise. It seems that public health experts, doctors and exercise devotees in the media — like me — have been using ineffective tactics to entice sedentary people to become, and remain, physically active.

For decades, people have been bombarded with messages that regular exercise is necessary to lose weight, prevent serious disease and foster healthy aging. And yes, most people say they value these goals. Yet a vast majority of Americans — two-thirds of whom are overweight or obese — have thus far failed to swallow the “exercise pill.”

Now research by psychologists strongly suggests it’s time to stop thinking of future health, weight loss and body image as motivators for exercise. Instead, these experts recommend a strategy marketers use to sell products: portray physical activity as a way to enhance current well-being and happiness.

“We need to make exercise relevant to people’s daily lives,” Michelle L. Segar, a research investigator at the Institute for Research on Women and Gender at the University of Michigan, said in an interview. “Everyone’s schedule is packed with nonstop to-do’s. We can only fit in what’s essential.”

Reframing the Message

Dr. Segar is among the experts who believe that people will not commit to exercise if they see its benefits as distant or theoretical.

“It has to be portrayed as a compelling behavior that can benefit us today,” she said. “People who say they exercise for its benefits to quality of life exercise more over the course of a year than those who say they value exercise for its health benefits.”

Her idea for a public service advertisement to promote exercise for working women with families: A woman is shown walking around the block after dinner with her children and says, “This is great. I can fit in fitness, spend quality time with my kids, and at the same time teach them how important exercise is.”

Based on studies of what motivates people to adopt and sustain physical activity, Dr. Segar is urging that experts stop framing moderate exercise as a medical prescription that requires 150 minutes of aerobic effort each week. Instead, public health officials must begin to address “the emotional hooks that make it essential for people to fit it into their hectic lives.”

“Immediate rewards are more motivating than distant ones,” she added. “Feeling happy and less stressed is more motivating than not getting heart disease or cancer, maybe, someday in the future.”

In a study of 252 office workers, David K. Ingledew and David Markland, psychologists at the University of Wales, found that while many began to exercise as way to lose weight and improve their appearance, these motivations did not keep them exercising in the long term. “The well-being and enjoyment benefits of exercise should be emphasized,” the researchers concluded.

Dr. Segar put it this way: “Physical activity is an elixir of life, but we’re not teaching people that. We’re telling them it’s a pill to take or a punishment for bad numbers on the scale. Sustaining physical activity is a motivational and emotional issue, not a medical one.”

Other studies have shown that what gets people off their duffs and keeps them moving depends on age, gender, life circumstances and even ethnicity. For those of college age, for example, physical attractiveness typically heads the list of reasons to begin exercising, although what keeps them going seems to be the stress relief that a regular exercise program provides.

The elderly, on the other hand, may get started because of health concerns. But often what keeps them exercising are the friendships, sense of community and camaraderie that may otherwise be missing from their lives — easily seen among the gray-haired women who faithfully attend water exercise classes at my local YMCA.

In a recent study of 1,690 overweight or obese middle-aged men and women, Dr. Segar found that enhancing daily well-being was most influential factor for the women in the study. Men indicated they were motivated by more distant health benefits, although Dr. Segar suspects this may be because men feel less comfortable discussing their mental healthneeds.

“What sustains us, we sustain,” Dr. Segar said. “We need to promote what marketers call ‘customer loyalty.’ We need to help people stay engaged with movement by teaching them how it can help sustain them in their lives.“

Value Beyond Weight Loss

Many, if not most, people start exercising because they want to lose weight. But very often they abandon exercise when the expected pounds fail to fall off. Study after study has found that, without major changes in eating habits, increasing physical activity is only somewhat effective for losing weight, though it helps people maintain weight loss and shedding even a few pounds, especially around one’s middle, can improve health.

For example, researchers in Brisbane, Australia, and in Leeds, England, studied 58 sedentary overweight or obese men and women who participated in a closely monitored 12-week aerobic exercise program. Weight loss was minimal, but nonetheless the participants’ waistlines shrunk, their blood pressure and resting heart rate dropped, and their aerobic capacity and mood improved.

“Exercise should be encouraged and the emphasis on weight loss reduced,” the researchers concluded. “Disappointment and low self-esteem associated with poor weight loss could lead to low exercise adherence and a general perception that exercise is futile and not beneficial.”

I walk three miles daily, or bike ten miles and swim three-quarters of a mile. If you ask me why, weight control may be my first answer, followed by a desire to live long and well. But that’s not what gets me out of bed before dawn to join friends on a morning walk and then bike to the Y for my swim.

It’s how these activities make me feel: more energized, less stressed, more productive, more engaged and, yes, happier — better able to smell the roses and cope with the inevitable frustrations of daily life.
A version of this article appeared in print on 08/28/2012, on page D7 of the NewYork edition with the headline: Personal Health: Changing America’s Anthem on Exercise

Guía para el control de Enterobacterias resistentes al carbapenem II


27 AGO 12 | La perspectiva de Salud Pública (Parte 2)
Guía para el control de Enterobacterias resistentes al carbapenem II
Revisión del papel de las autoridades de salud pública en el control de las Enterobacteriaceae resistentes a carbapanem (CRE).

CDC National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases
 

Artículo
Compromiso de la salud pública
Transmisión de CRE entre centros de salud
Los pacientes colonizados o infectados con CRE pueden solicitar atención médica en más de un hospital y sirven como un reservorio que puede facilitar la diseminación de CRE de un centro de salud a otro. Con la presión de reducir la permanencia de los pacientes en un hospital de agudos, aquellos que requieren un tratamiento médico complejo suelen ser trasladados a servicios de atención a largo plazo (por ej., hospitales de agudos de atención a largo plazo o residencias de enfermería especializada) hasta completar  su tratamiento. A menudo, estos pacientes necesitan volver a internarse, ya sea en el mismo hospital u otro diferente. Esta manera de compartir los pacientes entre los centros de salud puede facilitar la diseminación regional de las CRE.
Abordaje regional del control de CRE
Para prevenir la emergencia y posterior diseminación de CRE se recomienda hacer un control regional coordinado entre los centros de salud. La implementación de este control permitió controlar los enterococos resistentes a la vancomicina en la región de Siouxland, en los Estados Unidos y reducir la incidencia nacional de CRE en Israel. Dada la capacidad de los departamentos de salud estatales y locales para interactuar con diferentes tipos de centros sanitarios, la salud pública está en una posición particular para coordinar la respuesta local y regional de los organismos a multi-resistentes (OMR), como las CRE, despertando una mayor conciencia de la situación dentro de su jurisdicción y facilitando la implementación de medidas apropiadas de control.
La respuesta de salud púbica óptima varía de acuerdo con la prevalencia de CRE dentro de una determinada jurisdicción. Sobre la base de una evaluación inicial de la prevalencia o incidencia de CRE, las estrategias de prevención pueden adaptarse a las regiones geográficas según la siguiente clasificación: a) regiones sin CRE, b) regiones con pocos pacientes colonizados o infectados con CRE y, c) regiones  donde es común la presencia de CRE. No hay una definición estándar de estas dos últimas categorías, pero para determinar una clasificación regional se pueden tener en cuenta algunos criterios, expuestos más adelante. 
En las regiones donde no hay pacientes colonizados o infectados, o hay muy pocos, puede haber una oportunidad importante para prevenir la aparición futura de CRE, poniendo en práctica tempranamente medidas agresivas. Para las regiones donde es común CRE puede requerirse una aplicación más amplia de ciertas medidas de prevención generales. Sin embargo,  debido a la elevada prevalencia de CRE, se recomienda adoptar medidas suplementarias adaptadas a cada región, basadas en las consultas realizadas a los Centers for Disease Control and Prevention (CDC) y en concordancia con el Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee y su “Guidelines for Management of Multidrug-Resistant Organisms in Healthcare Settings”. 
Para este documento, una región podría representar una parte de un estado, o aún varios estados. En algunas regiones, los pacientes pueden estar compartidos por diferentes jurisdicciones y/o estados. Idealmente, para el control de los OMR, los departamentos de salud estatales pueden tomar la iniciativa y coordinar a los departamentos locales. Sin embargo,  dependiendo de la región, las estrategias de prevención también pueden requerir la coordinación interestatal.
Vigilancia regional de CRE
Los departamentos de salud deben conocer la prevalencia o incidencia de CRE en su jurisdicción mediante ciertas formas de vigilancia regional de esos organismos. La definición provisoria de CRE emitida por los CDC para la vigilancia de CRE se refiere a las Enterobacteriaceae que no son sensibles a uno de los carbapenems y son resistentes a todas las cefalosporinas de tercera generación que fueron probadas. Como mínimo, la vigilancia inicial estará dirigida a los organismos críticos (K. pneumoniae, E. coli y, Enterobacter spp.  que cumplen con los criterios de la definición de CRE).
Las opciones para llevar a cabo la vigilancia incluyen la notificación obligatoria de CRE al centro de salud, por parte del laboratorio, o la realización de encuestas por el equipo de Prevención de las Infecciones y/o los jefes de los laboratorios de los centros de salud, por teléfono o por correo electrónico (por ej., haciendo encuestas en línea). Esta encuesta podría también ser modificada para ser usada en otros servicios de atención de agudos a largo plazo.
Se recomienda que la encuesta hecha por los departamentos de salud recojan como mínimo los siguientes datos de los centros de salud:
• Demografía de las instalaciones incluyendo la ubicación y el nombre del servicio, si es posible.

• Frecuencia general de detección de CRE (diaria, semanal, mensual, etc.).

• Frecuencia de casos de CRE relacionado con el momento de la detección (por ej., dentro de las 48 oras o más de la admisión).

• Si el equipo de Prevención de las Infecciones hace la encuesta, determinar si se han implementado las medidas de vigilancia y prevención de las infecciones.

A los no respondedores se les anima a facilitar la realización de la encuesta en el momento oportuno (por ej., 1-2 semanas) y aumentar las tasas de respuesta mediante recordatorios por correo electrónico o llamadas telefónicas.
Estrategias de prevención regionales 
Regiones sin identificación de CRE 
Vigilancia regional e información de los resultados
En las regiones que no han identificado pacientes colonizados o infectados con CRE, se recomienda que los departamentos de salud apliquen medidas intensivas para la detección futura de CRE, como la notificación de la aparición de CRE, para garantizar su detección una vez que aparece. Si la notificación de CRE no es posible, los departamentos de salud deben hacer encuestas en los centros de salud sobre la presencia de CRE y brindar información para fortalecer el estado de alerta.
La frecuencia de la vigilancia puede depender de la prevalencia de CRE en las zonas o jurisdicciones vecinas. Por ejemplo, en una zona donde los lugares vecinos han tenido pacientes colonizados o infectados con CRE, es razonable hacer las pruebas de vigilancia cada 3 meses o mensualmente. Para mantener actualizado el valor de la prevalencia en las regiones circundantes, los departamentos de salud vecinos deben establecer un actualizadas las comunicaciones con los demás centros, acerca del nivel de actividad de CRE dentro de sus respectivas jurisdicciones.
Educación de los centros de salud
Los departamentos de salud también deben aumentar la conciencia entre los centros sanitarios acerca de la importancia de CRE en la salud pública, las medidas de prevención recomendadas y la importancia del reconocimiento oportuno de cualquier paciente colonizado o infectado con CRE. Esto podría incluir la educación específica impartida por el equipo de Prevención de las Infecciones y otro personal de salud y podría tener lugar a través de conferencias, sesiones de formación o, seminarios o boletines informativos.
Regiones con poca identificación de CRE
Las estrategias de prevención aquí descritas sirven para las regiones donde la mayoría de los servicios de salud no internan pacientes con CRE en forma regular. Esto podría incluir las regiones donde los servicios pueden haber identificado pacientes colonizados o infectados pero en forma poco frecuente (por ej., mensualmente o más), como así regiones donde algunos servicios pueden tener varios pacientes colonizados o infectados con CRE pero que están rodeados por servicios con solo unos pocos casos o ninguno. En estas situaciones, los departamentos de salud deben mantener un abordaje agresivo para controlar las CRE, lo que puede requerir un trabajo más estrecho con los centros de salud específicos, dirigiendo la prevención a ciertas partes de la región. Las regiones con pocas CRE también tienen mayor necesidad de aumentar la conciencia de la situación en todas las instalaciones, teniendo en cuenta cuál es la que más ha sufrido el impacto de las CRE.
Vigilancia regional e informe de los resultados: prevención dirigida
Los departamentos de salud deben considerar la notificación de CRE (por ej., por el laboratorio) para realizar un seguimiento de las tasas de CRE dentro de su jurisdicción, a los efectos de identificar los casos nuevos y evaluar la eficacia de las medidas para la prevención de las infecciones. Si esto no es posible, los departamentos de salud deben continuar inspeccionando las instalaciones de atención de agudos y a largo plazo en forma periódica, para detector la presencia de CRE. Los resultados de la vigilancia de CRE deben ser conocidos en cada servicio (vía circulares, mensajes por correo electrónico o, presentaciones en conferencias regionales), incluyendo a los directores de los servicios, con el fin concientizar sobre la situación regional actualizada con respecto a las CRE.
Conociendo cuáles son los servicios que tienen pacientes colonizados o infectados con CRE, se puede obtener un beneficio mayor de un abordaje regional coordinado para el control de las CRE, permitiendo que los servicios cercanos implementen las acciones apropiadas. Por ejemplo, los pacientes internados en servicios que tienen CRE podrían ser ubicados preventivamente bajo las Precauciones de Contacto, a la espera de los resultados de los cultivos de vigilancia. Los departamentos de salud pueden brindar información de los resultados, estratificados por tipo de servicio o distribución geográfica. El conocimiento de cuáles zonas de las regiones tienen CRE pueden permitir que los centros cercanos intensifiquen sus medidas preventivas, con el soporte de la consulta al departamento de salud.

Implementación de las medidas de prevención
En todos los centros sanitarios, los departamentos de salud deben garantizar la implementación de las medidas fundamentales de prevención (lavado de manos. Precauciones de Contacto, agrupamiento de los pacientes y del equipo de salud). Particularmente en los servicios que tienen CRE se recomienda que los departamentos de salud trabajen en estrecho contacto con el personal de prevención de las infecciones, para revisar y mejorar el cumplimiento de las prácticas recomendadas. Esto puede comprender la comunicación continua con el personal de prevención de las infecciones, la recepción de las visitas en lugares razonables, el entrenamiento en el servicio  y la participación de los jefes y/directores de los servicios en debates acerca de la importancia de la prevención de las CRE.
En los centros sin CRE, los departamentos de salud deben tomar medidas para garantizar la existencia de un plan para cuando se identifique a un paciente colonizado o infectado con CRE. Por otra parte, también deben trabajar en estrecho contacto con cada servicio que no haya identificado CRE, para determinar las intervenciones suplementarias apropiadas.  Estas medidas pueden incluir las pruebas de vigilancia activa (cultivos, encuestas) y las Precauciones de Contacto preventivas para los pacientes provenientes de centros sanitarios con transmisión de CRE en curso (por ej., detección de al menos una base semanas o en una situación de brote de CRE)..
Las pruebas de vigilancia activa y las Precauciones de Contacto preventivas pueden estar guiadas por la epidemiología local de las CRE. Especialmente en los servicios sin CRE pero ubicados en zonas donde hay CRE, las pruebas de vigilancia activa y las Precauciones de Contacto preventivas podrían ser aplicadas para los siguientes pacientes: a) internados provenientes de servicios de atención a largo plazo (por ej., hospitales de atención prolongada de agudos), donde puede haber un gran reservorio de pacientes colonizados o infectados con CRE como resultado de la transferencia de pacientes de un servicio a otro y de una permanencia más prolongada y, b) los pacientes con factores de riesgo  potenciales de contraer CRE (por ej., pacientes con heridas abiertas, presencia de dispositivos permanentes y/o un alto grado de uso de antimicrobianos).

En los servicios con CRE conocidas, los departamentos de salud deben promover la implementación de medidas de vigilancia para identificar otros casos, con el fin de prevenir la posterior transmisión de CRE dentro del mismo servicio. Estas intervenciones pueden incluir el cribado de pacientes relacionados epidemiológicamente con los casos no reconocidos previamente y la realización periódica de encuestas de prevalencia en los ámbitos de alto riesgo (unidades de terapia intensiva). Los departamentos también deben promover las comunicaciones entre los servicios y si es necesario, consultar con los CDC y/o especialistas regionales para obtener una guía adicional.

Comunicación entre los centros de salud
Para reducir la transmisión de todos los OMR entre los centros de salud, todos ellos deben contar en forma rutinaria con formularios de transferencia, con el fin de reducir la transmisión de los OMR dentro del servicio, lo cual es de gran importancia cuando se sabe que el paciente está colonizado o infectado con CRE. El formulario debe indicar si el paciente nunca ha estado colonizado o infectado con CRE y otros OMR (se deben adjuntar los datos y los resultados de cualquier cultivo clínico y/o de vigilancia importantes) y si el paciente tiene alguna herida abierta y/o es portador de un dispositivo permanente. Asimismo, cuando el paciente está recibiendo antimicrobianos, dicha información debe figurar en el formulario, con el nombre y la dosis del medicamento.
Educación en los centros de salud
La educación del equipo de los centros de salud acerca de CRE y las medidas de vigilancia y prevención recomendadas debe ser continua, siendo de especial importancia para los centros que nunca han detectado CRE, para así aumentar su vigilancia.
Regiones donde las CRE son comunes
En general, las CRE son consideradas comunes en las regiones donde la mayoría de los centros de salud tienen casos identificados; esos centros regularmente tienen internados pacientes colonizados o infectados con CRE (por ej., detectados al menos semanalmente).

Mientras que un enfoque preventivo específico puede ser eficaz en regiones con pocos casos de CRE, hay poca experiencia que indica que para las regiones que comúnmente tienen CRE se requieren abordajes generales de salud pública. En Israel, una intervención coordinada a nivel nacional pudo controlar las CRE, lo que se atribuye en parte a la creación de un grupo de trabajo dedicado a garantizar que todos los hospitales cumplan con las pautas nacionales para CRE. Basada en la experiencia de este país, la Guía para el Manejo de los OMR en ámbitos sanitarios de 2006 (2006 CDC and Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. “Guidelines for Management of Multidrug-Resistant Organisms in Healthcare Settings”) recomienda:
Personal con dedicación exclusiva
Para coordinar de manera efectiva la prevención de las infecciones en la región, los departamentos de salud deben tener personal especial asignado a esta tarea. Lo ideal sería que este personal posea una adecuada comprensión de las prácticas de prevención de CRE/OMR. Según sea necesario, dicho departamento puede establecer un comité asesor formado por profesionales con experiencia en la prevención de las infecciones y en microbiología clínica que pueden proporcionar soporte técnico a otros servicios.

Participación de los centros de salud

Como un paso inicial para involucrar a todos los centros sanitarios de la región, primero los departamentos de salud deben comunicar la prevalencia de las CRE en la región al personal apropiado y tener un enfoque regional para la prevención. Esto puede implicar el debate con los directores y/o jefes de los centros de salud, además del personal de prevención de las infecciones. El propósito de estas discusiones es transmitir la urgencia de la situación y obtener soporte para dar prioridad a la prevención de la CRE.
Refuerzo de las medidas de prevención básicas
Los departamentos de salud deben revisar las políticas actuales de control de las infecciones y las prácticas relacionadas con las CRE en todos los centros de cuidados agudos y de largo plazo regionales. Como mínimo, todas las instalaciones deberán aplicar las medidas básicas para la prevención de CRE (higiene de manos, precauciones de contacto, cohortes de pacientes y personal). A fin de reforzar las mejores prácticas, se puede impartir educación y formación específica en cada servicio.
Implementación de medidas suplementarias
Las medidas suplementarias deben ser determinadas sobre la base de las consultas realizadas al departamento de salud (ver Parte 1 de este informe) y pueden ser agregadas a las pruebas de vigilancia activa y/o el baño con clorhexidina.
Evaluación del cumplimiento de las medidas preventivas por los centros de salud
Los departamentos de salud deben evaluar periódicamente el cumplimiento de las prácticas recomendadas, en los centros de salud, (por ej., mensualmente). Esto puede basarse en el informe del equipo de Prevención de las Infecciones, o evaluarse a través de las visitas al lugar. En función de las tasas de cumplimiento, puede ser necesario extender la educación, (por ej., servicio de capacitación y seminarios en línea).
Para aumentar la adherencia del personal, es importante compartir con los directores y/o administradores de los centros de salud los informes sobre el desempeño. Los departamentos de salud también pueden considerar la posibilidad de informar los datos adicionales del cumplimiento, estratificados por tipo de establecimiento y/o distribución geográfica, por lo que cada servicio puede comparar sus resultados con los de los demás.
Comunicación entre centros de salud
Como se describió en la Parte 1, cuando el paciente es transferido a otro centro se debe completar el formulario correspondiente, en el que se indicará el estado de CRE, la presencia de heridas abiertas y dispositivos permanentes y el uso de antimicrobianos.
Vigilancia regional de y retroalimentación de los resultados
Los departamentos de salud deben hacer la vigilancia regional periódica para evaluar la eficacia de las medidas de prevención de las infecciones e informar los resultados a los centros de salud. A pesar de que en una región donde las CRE son comunes puede no ser práctico hacer la notificación obligatoria de todos los casos de CRE, hay que considerar que ciertos eventos de notificación obligatoria podrían aumentar la tasa de CRE por encima de los casos de referencia o de CRE con características únicas (por e., todas las muertes o pacientes sanos que fallecen).
CDC National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases
 

Referencias
Referencias seleccionadas
  1. Ben-David D, Maor Y, Keller N, et al. Potential role of active surveillance in the controlof a hospital-wide outbreak of carbapenem-resistant Klebsiella pneumoniae infection.Infect Control Hosp Epidemiol 2010 Jun;31(6):620-6.
  2. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; Twenty Second Informational Supplement(January 2012). CLSI document M100-S22. Wayne, Pennsylvania, 2012.
     
  3. Kochar S, Sheard T, Sharma R, et al. Success of an infection control program to reduce the spread of carbapenem-resistant Klebsiella pneumoniae. Infect Control Hosp Epidemiol 2009 May;30(5):447-52.
     
  4. Munoz-Price LS, De La Cuesta C, Adams S, et al. Successful eradication of a monoclonal strain of Klebsiella pneumoniae during a K. pneumoniae carbapenemase-producing K. pneumoniae outbreak in a surgical intensive care unit in Miami, Florida. Infect Control Hosp Epidemiol 2010 Oct;31(10):1074-7.
     
  5. Munoz-Price LS, Hayden MK, Lolans K, et al. Successful control of an outbreak of Klebsiella pneumoniae carbapenemase-producing K. pneumoniae at a long-term acute care hospital. Infect Control Hosp Epidemiol 2010 Apr;31(4):341-7.
     
  6. Ostrowsky BE, Trick WE, Sohn AH, et al. Control of vancomycin-resistant enterococcusin health care facilities in a region. N Engl J Med 2001;344(19):1427-33.
     
  7. Schechner V, Kotlovsky T, Tarabeia J, et al. Predictors of rectal carriage of carbapenem-resistant Enterobacteriaceae (CRE) among patients with known CRE carriage at their next hospital encounter. Infect Control Hosp Epidemiol 2011 May;32(5):497-503.
     
  8. Patel G, Huprikar S, Factor SH, Jenkins SG, Calfee DP. Outcomes of carbapenem-resistant Klebsiella pneumoniae infection and the impact of antimicrobial and adjunctive therapies. Infect Control Hosp Epidemiol 2008 Dec;29(12):1099-106.
     
  9. Schwaber MJ, Klarfeld-Lidji S, Navon-Venezia S, Schwartz D, Leavitt A, Carmeli Y. Predictors of carbapenem-resistant Klebsiella pneumoniae acquisition among hospitalized adults and effect of acquisition on mortality. Antimicrob Agents Chemother 2008 Mar;52(3):1028-33.
     
  10. Schwaber MJ, Lev B, Israeli A, et al. Containment of a Country-wide Outbreakof Carbapenem-resistant Klebsiella pneumoniae in Israeli Hospitals via a Nationally Implemented Intervention. Clin Infect Dis 2011 Feb 11.
♦ Traducción y resumen objetivo: Dra. Marta Papponetti